Lei que cria hortas comunitárias em Laguna começa a sair do papel após dois anos

Para que um espaço comunitário saia do papel e possa ser mantido é necessário o envolvimento da comunidade ao redor ou voluntária que se dedique especialmente para aquele fim. Além de um espaço de união de moradores, a horta pode servir como uma atividade para troca de conhecimentos.
Divulgação/PML

Dois anos após ter sido sancionada pelo então prefeito Mauro Candemil (MDB), a lei que cria o programa Horta da Gente começa a sair do papel. A prefeitura divulgou, nesta quarta-feira, 25, que começou a analisar a possibilidade de implantar a primeira horta comunitária em um terreno ocioso ao lado da unidade de saúde do bairro Mar Grosso.

Uma equipe das secretarias de Pesca, de Governo e de Saúde, e representantes da Udesc e do Legislativo municipal esteve no local, que, se implantado, será cuidado pela prefeitura e comunidade local. Ainda não há um prazo definido para que isso ocorra, mas é considerado como um ponta pé inicial. O programa surgiu a partir de uma lei municipal, proposta pelo ex-vereador Peterson Crippa (sem partido), em julho de 2019.

O Horta da Gente é norteado pelo princípio de desenvolver e incentivar a alimentação saudável das famílias, através da produção e oferta de hortaliças livres de agrotóxicos, aproveitando os resíduos orgânicos produzidos pelas famílias; praticar a atividade de horticultura que, ao mesmo tempo melhora a qualidade do meio ambiente urbano e periurbano, e a qualidade de vida das pessoas envolvidas, contribuindo para a melhoria da saúde física e mental, eliminando o sedentarismo e o estresse, entre outras ações.

Troca de conhecimento

Para que um espaço comunitário saia do papel e possa ser mantido é necessário o envolvimento da comunidade ao redor ou voluntária que se dedique especialmente para aquele fim. Além de um espaço de união de moradores, a horta pode servir como uma atividade para troca de conhecimentos.

Iniciativas semelhantes já foram desenvolvidas nas escolas Professora Iracy Virgínia Rodrigues, da rede municipal em Barranceira, e Doutor Renato Ramos da Silva, da rede estadual no Portinho. “A avaliação que fazemos é totalmente positiva. Como diz a nossa diretora Alessandra [Pontes], a horta é um laboratório. Ali aprendemos todas as disciplinas”, relata a educadora Scheila Preve, idealizadora da horta mantida pelos estudantes de Barranceira, projeto que contou com apoio da Rede de Vizinhos e Epagri.

Horta em Barranceira. Foto de arquivo: Scheila Preve/Arquivo pessoal

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