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Mengálvio lamenta morte da lenda Zagallo, com quem jogou na seleção brasileira

Zagallo tinha 92 anos e morreu, às 23h40, de sexta-feira, 5, em razão de falência múltipla de órgãos, segundo familiares. Natural de Alagoas, mas carioca desde os 8 anos, ele colecionou títulos e viveu feitos inesquecíveis na história do futebol mundial, sendo até o hoje o único tetracampeão do mundo – são duas taças como jogador em 1958 e 1962 e duas na área técnica, em 1970 e 1994 (na condição de coordenador do selecionado).
Zagallo, em foto de arquivo. Foto: Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação
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O ex-jogador lagunense Mengálvio Figueiró, multicampeão com o Santos na década de 1960, foi um dos muitos craques a expressar sentimentos pela morte do ex-jogador e ex-técnico Zagallo. Ambos vestiram a camisa da seleção brasileira e estavam na equipe bicampeã mundial em 1962, no Chile.

“Descanse em paz, meu amigo, eterno campeão”, escreveu Menga em uma rede social na madrugada deste sábado, 6. O time do lagunense, o Santos também emitiu uma nota de pesar em que fez menção à superstição da lenda pelo número treze. “Zagallo Eterno tem 13 letras. O nosso Rei Pelé te espera no reino sagrado. Obrigado por tudo, Velho Lobo!”, diz o texto que é seguido de uma foto dele com Pelé, que faleceu há um ano.

Zagallo tinha 92 anos e morreu, às 23h40, de sexta-feira, 5, em razão de falência múltipla de órgãos, segundo familiares. Natural de Alagoas, mas carioca desde os 8 anos, ele colecionou títulos e viveu feitos inesquecíveis na história do futebol mundial, sendo até o hoje o único tetracampeão do mundo – são duas taças como jogador em 1958 e 1962 e duas na área técnica, em 1970 e 1994 (na condição de coordenador do selecionado).

“Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas”, disse a família, em nota. Na fase juvenil, vestiu as cores do América e do Flamengo, por onde se profissionalizou e atuou de 1953 a 1958, quando foi para o Botafogo. Pelo alvinegro carioca, se aposentou como jogador em 1965 e virou treinador da equipe.

Deixou o comando do Botafogo em 1969 para assumir a seleção após a troca de João Saldanha e em 1970, foi campeão com o time. Ainda treinou o Fluminense, Flamengo, Vasco da Gama, Portuguesa-SP e o Bangu. No exterior, guiou o Al-Hilal e as seleções do Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes. Deixou os gramados e a prancheta em 2006, quando voltou a ser coordenador da seleção brasileira, cargo que ocupara em 1994, na campanha do tetra.

O velório de Zagallo será na sede da Confederação Brasileira de Futebol, na Barra da Tijuca, a partir das 9h30, de domingo, 7, sendo aberto ao público. O enterro está previsto para as 16h, no cemitério São João Batista, em Botafogo. A CBF e o governo brasileiro decretaram luto oficial em homenagem ao ex-jogador e ex-técnico.

Brasil em 1962, com Zagallo (D) e Mengálvio (E) no destaque. Formação completa: Na primeira fila de cima para baixo, o primeiro é Aimoré Moreira (técnico), dentista Mario Trigo, médico Hilton Gosling, preparador físico Paulo Amaral e o supervisor Carlos Nascimento; na segunda fila: Gilmar, Calvet, Quarentinha, Mauro, Airton Pavilhão, Bellini e o massagista Santana; na terceira fila: Didi, Djalma Santos, Pepe, Jurandir, Mengálvio, Nilton Santos, Vavá, Castilho, Julinho e Altair; entre Didi e Djalma Santos, está o roupeiro Chicão; na primeira fila de baixo para cim: Mário Américo, Coutinho, Jair da Costa, Germano, Rildo, Amarildo, Jair Marinho, Zito, Zagallo, Pelé, Garrincha e Zequinha; atrás de Mário Américo, o goleiro Valdir Joaquim de Moraes. Foto: Reprodução/Terceiro Tempo

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