A comissão executiva provisória do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em Laguna, emitiu uma nota para dizer que não concorda com a posição de dois vereadores da legenda em relação à aprovação dos balancetes financeiros da prefeitura de maio a agosto. Divulgado nesta quarta, 13, o texto é uma resposta ao voto favorável dado por Anderson Silveira, o Maninho, e Jaleel Farias.

O PSDB tem três vereadores na Câmara. Silveira e Farias integram a base governista e Rhoomening Rodrigues, único tucano que votou contra, adota discurso oposicionista.

“O PSDB, comprometido com os princípios da Social Democracia e da transparência, considera fundamental que as ações de seus representantes estejam alinhadas aos seus ideais defendidos pelo partido”, diz um trecho da nota do partido.

O presidente da legenda na cidade, Sandro Cunha, reforçou ao Portal o entendimento partidário. “A gente não pode ficar omisso em se manifestar com relação a um fato que foi duramente criticado a nível estadual”, argumenta. Os balancetes foram aprovados por um voto de diferença — o placar foi de 6 a 5. “É notável que a cidade enfrenta algum problema financeiro. Diariamente a gente ouve sobre várias dificuldades e infelizmente nosso município passou por turbulências nesses dias, que começaram com esses kits”.

Os vereadores citados na nota foram procurados pela reportagem. Anderson Silveira comparou a votação ao caso da análise das contas do ex-prefeito Mauro Candemil (MDB, 2017-20).

“Voto favorável. Só acompanhamos a Comissão de Orçamento e Finanças que deu parecer favorável e quem tem a competência de analisar os balancetes é o Tribunal de Contas, que é o órgão técnico competente. E após análises deles, volta novamente para a Casa Legislativa e sendo votado pelos vereadores. Exemplo foi o caso do ex-prefeito Mauro, que veio com as contas rejeitadas pelo tribunal e mesmo assim alguns vereadores votaram não à rejeição, mostrando realmente que o voto é político e não técnico”, defende o vereador.

O edil ainda acrescenta: “Tem vereadores que deram o parecer favorável e votaram contra, mostraram realmente que o voto é político”. Jaleel Farias até o momento não retornou os contatos.