Parece que um tsunami avassalador resolveu escolher Laguna pra despejar sua ira. Um festival de inércia, falta de gestão e zero planejamento. Sem uma decoração natalina condizente com a história e beleza da cidade, sem um Réveillon a altura da nossa tradição… bandas, trio, palco, som de qualidade.
Estamos conseguindo perder tudo isso. A estratégia é transferir responsabilidades para alguém e improvisar nas desculpas já clichês:
“Nos organizamos”;
“A culpa não é nossa”;
“Estamos comprometidos com o povo”.
A culpa nunca é do poder público. É da oposição, da imprensa, da rede social, do Moto Laguna, do Universipraia, do decreto de contenção de gastos, do Papai Noel, da chuva, dos linguarudos e por aí vai. Dizer também que “não sabia”, não vale mais e nem ficar tentando se retratar, com voz serene e olhar cabisbaixo. A cota de erros estourou faz tempo.
E quem paga é a cidade, acreditando que um dia as coisas melhorem. Um dia. Quando?
A velha máxima sempre prevalece: quando a política continuar se sobressaindo sobre o técnico e os aliados políticos que decidem os rumos da cidade são cheios de dúvidas sobre seus currículos a coisa tende a degringolar.
E para recuperar? Leva dez vezes mais tempo do que levaram para destruir.
Governantes, não tenham medo da cobrança. Tenham capacidade de assumir erros e resolvê-los, vocês estão aí para isso.
Afinal, pagamos (e muito) para que vocês gerem resultados. Certo?
A culpa não é nossa!
Acaba logo, 2023!