SC adota medidas para evitar gripe aviária

Cidasc tem buscado orientar os produtores aviários para que sigam adotando as medidas de biosseguridade em suas propriedades e comunicando se detectarem algum caso suspeito. O estado barriga-verde é rota migratória da região litorânea, chamada de rota Atlântica e também integra a chamada rota Brasil Central, que passa pelo Extremo Oeste. Além destas, há a Amazônica, que transita entre alguns estados brasileiros e países vizinhos.
Foto: Júlio Cavalheiro/Secom Governo SC

Zona livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), Santa Catarina não tem registro de casos da gripe em aviários comerciais e os únicos casos têm sido em aves migratórias, caso do pinguim de Laguna, por exemplo.

“Temos duas rotas de aves migratórias na América do Sul que cruzam o território catarinense e uma terceira próxima à região de fronteira, no Oeste. Considerando este fluxo, é essencial que as comunidades estejam cientes de que os cuidados preventivos não se limitam à zona litôranea”, alerta Celles de Matos, presidente da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

A Cidasc tem buscado orientar os produtores aviários para que sigam adotando as medidas de biosseguridade em suas propriedades e comunicando se detectarem algum caso suspeito. O estado barriga-verde é rota migratória da região litorânea, chamada de rota Atlântica e também integra a chamada rota Brasil Central, que passa pelo Extremo Oeste. Além destas, há a Amazônica, que transita entre alguns estados brasileiros e países vizinhos.

Nesses caminhos migratórios, podem ocorrer contatos com aves residentes e permitir, via migração interna, a disseminação do vírus. Nesse sentido, todas as regiões devem ficar atentas, uma vez que as aves silvestres podem se deslocar centenas de quilômetros em um dia, chegando facilmente em outros pontos do Estado, o que permite a disseminação e interiorização do vírus.

Conforme a Cidasc, a principal medida de biosseguridade, a ser seguida em todo o Estado, é manter as aves de produção (comerciais ou de subsistência) sem contato com aves de vida livre. Os galinheiros e aviários devem ser cercados e telados. Os animais devem receber água tratada para beber e a água de rios, açudes e lagoas não deve ser usada nem para alimentação das aves, nem para fazer a nebulização.

A alimentação deve ser fornecida em local protegido, que não atraia a atenção das aves de vida livre. As aves silvestres aquáticas são as mais suscetíveis e principais carreadoras do vírus, portanto, evitar a permanência das suas aves em locais com concentração de água como rios, lagos, lagoas e açudes é outra ação importante e fundamental para evitar que este vírus entre nas propriedades.

Outra etapa fundamental para manter Santa Catarina livre da influenza aviária é fazer a notificação de casos suspeitos. Alterações nervosas ou respiratórias e principalmente a morte repentina de muitas aves são sinais de alerta: nestes casos, a Cidasc deve ser comunicada para que a suspeita possa ser descartada ou para que as medidas sanitárias possam ser adotadas rapidamente. A notificação pode ser registra via Sibravet, neste link.

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