Música inédita de Ivaldo Roque ganha gravação na voz de cantor lagunense

Canção foi divulgada por Gero Perito e é acompanhada de uma outra música, esta conhecida do compositor.
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“Adorei a música já nos primeiros acordes”, relembra Gero Perito. O músico lagunense surpreendeu ao lançar, nesta semana, a versão finalizada de uma gravação em que traz para o público uma canção inédita de um conterrâneo, Ivaldo Roque, falecido em abril de 1985. A canção foi divulgada acompanhada de uma outra música, esta conhecida do compositor, que é famoso pela letra de Moda de sangue (junto com Jerônimo Jardim), eternizada por Elis Regina em 1980. Gero conversou com Agora Laguna sobre o lançamento.

Ao voltar de ontem ficaria perdida para sempre não fosse a memória de Gilson Roque, irmão do compositor e que também apresentava veia artística, tendo feito parte do Conservatório Lagunense. Em 2009, lembra Gero, Ivaldo foi homenageado pela Semana Cultural. Na ocasião, ele foi procurado e informado da existência da letra inédita e recebeu a missão de apresentá-la no evento. “Imagina a minha felicidade com um presentão desses. Combinamos um dia, e Gilson retornou à minha casa, pegou meu violão e cantou a música para eu gravar e depois poder ensaiar”, relembra.

Como todo lagunense, Gero por muitas vezes interpretou e interpreta as canções de Ivaldo, como Moda de sangue e Perfume de praia, também gravada por ele e lançada junto na sexta-feira, 11. Sete anos atrás, por exemplo, executou algumas destas músicas junto com o conjunto Opus4. A inédita também fez parte daquele repertório.

Mas ainda não havia uma gravação da letra, apenas a caseira de Gilson lá em 2009. Surgiu a ideia de registrá-la em áudio. Para isso, pediu e teve autorização de Marlene Roque, viúva do saudoso cantor, e então entrou no estúdio para gravar. As composições foram registradas e editadas em áudio por Fernando Ilíbio e na inédita, houve a participação de Gustavo Guedes, o Gugu, com o cavaquinho.

Para Gero, mais que um registro musical, lançar as duas gravações é fazer uma homenagem a Ivaldo Roque, que, se vivo fosse, teria 84 anos. “Foi um grande compositor e violonista lagunense, que tive a honra de conhecer e tocar junto também”, finaliza o lagunense, lembrando que foi um toque da experiência musical de Ivaldo, que lhe garantiu o primeiro lugar no Festival da Nova Música Catarinense, em 1983, no Cine Mussi. As duas composições estão disponíveis nas plataformas digitais e já vem alcançando sucesso na região.

OUÇA: Ao voltar de ontem Perfume de praia, de Ivaldo Roque, por Gero Perito