O prefeito afastado de Pescaria Brava, Deyvisonn de Souza (MDB), encaminhou carta de renúncia ao mandato para o qual foi reeleito em novembro de 2020. O documento é endereçado à presidente da Câmara, Rosilene Faísca (MDB).
A informação foi confirmada ao Portal pelo advogado de defesa do político nos processos da Operação Mensageiro, Pierre Vanderlinde. A Câmara, segundo apurado, ainda não foi comunicada do pedido, que foi decidido na segunda-feira, 10.
Diferente de Tubarão, onde Joares Ponticelli (PP) e Caio Tokarski (União) abriram mão do mandato pelo mesmo motivo, a renúncia não provocará novas eleições no jovem município. Isso porque o vice-prefeito Lourival Izidoro (PP), que já está na função de prefeito interino desde dezembro do ano passado, será empossado em definitivo como titular do Executivo bravense – a menos que, eventualmente, ele também peça renúncia.
Deyvisonn de Souza, que completou 48 anos de idade no último domingo, 9, está recluso no Presídio Santa Augusta e aguarda a definição de um pedido de liberdade aos moldes do que foi concedido para Ponticelli e para Luiz Saliba (PP), ex-prefeito de Papanduva, que também renunciou ao mandato. A prisão do político reeleito com 73% dos votos já soma 217 dias.
O emedebista foi preso no dia 6 de dezembro quando cumpria agenda oficial na cidade de Brasília, capital federal. O Gaeco aponta que o prefeito recebeu R$ 15 mil no final de 2016, antes de ser empossado, como forma de beneficiar a empresa em sua gestão e depois passou a receber R$ 3 mil mensais, pagos de forma conjunta a cada cinco ou seis meses. Segundo o MP, apesar de não haver flagrante, o nome do político estava na planilha de pagamentos da Versa (antiga Serrana Engenharia) e foram encontrados R$ 10 mil em sua casa. A defesa alega falta de provas e afirma que o réu é inocente.