Uma cerimônia virtual realizada, na terça-feira, 18, marcou a entrega do Prêmio Rodrigo de Melo para os participantes vencedores da 35ª edição, cujos resultados saíram no ano passado. Entre os laureados está uma iniciativa gerada em Laguna, que busca fomentar a preservação da pesca artesanal com auxílio dos botos. A premiação nacional buscou valorizar ações que tenham relação com a preservação e promoção do patrimônio cultural brasileiro.
“A gente lida com o desafio enorme que é salvaguardar a pesca com o auxílio dos botos, que é colaborativa e envolve todo o ecossistema, um santuário ecológico e muitos esforços e união entre os órgãos”, aponta o coordenador do projeto “Rede de ações e interconexões: pesca artesanal colaborativa com botos e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, Wellington Linhares. Desde 2018, a tradição é considerada patrimônio imaterial de Santa Catarina.
Segundo ele, a vitrine obtida com o projeto chama atenção para que as autoridades se voltem para a necessidade de preservar a tradicional cultura da pesca com auxílio dos botos. A entrega da premiação ocorreu apenas quatro dias após mais uma espécie do complexo lagunar ter sido encontrada morta. “Nos dá a chancela de que estamos fazendo o que é melhor para a tradição, para os pescadores artesanais e também para todo o ecossistema”, destaca. Como premiação, o Iphan repassou a quantia de R$ 20 mil.
Prêmio Rodrigo
O Prêmio Rodrigo de 2022 teve como tema a “Sustentabilidade Socioeconômica do Patrimônio Cultural”. Os demais premiados foram:
- 1º lugar: projeto Catarina Guató – sabedorias compartilhadas, de Corumbá (MS)
- 2º lugar: Txemim Puri – promoção, registro e preservação da história, língua e cultura indígena puri, de Mairiporã (SP)
- 4º lugar: A tradição oleira dos Tapajó, produzir para não esquecer, de Santarém (PA).
- 5º lugar: Cocos de Alagoas, de Maceió (AL).
