Prefeitura lança Disque Dengue para receber denúncias

Dois focos já foram registrados, no Portinho e na Esperança, e há um caso suspeito de contaminação em análise laboratorial.
Foto: Rodrigo Nunes / Ministério da Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou a disponibilização de um telefone para denúncias, um Disque Dengue, para auxiliar no trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, na cidade. Dois focos já foram registrados, no Portinho e na Esperança, e há um caso suspeito de contaminação em análise laboratorial.

O número é o (48) 98486-0140 e será usado pelo Programa municipal de Combate à Dengue em Laguna. Santa Catarina já notificou  31.939 casos de dengue. Desses, 14.497 foram confirmados, 6.085 foram descartados e 80 inconclusivos (classificação utilizada para os casos que, após 60 dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada). Há 11.277 notificações em investigação.

Em Laguna, há 146 armadilhas instaladas, as quais são inspecionados de semana em semana e 31 pontos estratégicos (cemitérios, borracharias etc), locais especialmente vulneráveis à introdução do vetor, inspecionados de 14 em 14 dias. Além das ações de vigilância são realizadas identificações de denúncia e pesquisa vetorial especial quando há suspeita das doenças, como dengue, febre de chikungunya e zika.

Aedes aegypti

Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Menor do que os mosquitos comuns, é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.

O macho, como de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amaduramento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. No momento da postura são brancos, mas logo se tornam negros e brilhantes. Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.

Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adubo. O Aedes aegypti põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouro naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.

Prevenção

Entre as medidas recomendadas de prevenção, estão:

  • Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
  • Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • Mantenha lixeiras tampadas;
  • Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
  • Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • Mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
  • Retire a água acumulada em lajes;
  • Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
  • Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
  • Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.

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