O governo federal pode iniciar já em janeiro a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra o novo coronavírus, informou o Ministério da Saúde (MS), em nota nesta segunda-feira, 27. A pasta aguarda apenas o término da consulta pública aberta para receber opiniões e colher dados para embasar sua decisão final e a chegada das doses. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou uma versão reduzida em um terço da vacina da Pfizer para esse público-alvo considerando estudos feitos no exterior com satisfatórios resultados.

“A recomendação do Ministério da Saúde é pela inclusão das crianças de 5 a 11 anos na Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), conforme posicionamento oficial da pasta declarado em consulta pública no dia 23 de dezembro e reforçado pelo ministro da Saúde em manifestações públicas”, aponta a nota.

Em Santa Catarina, uma reunião nesta tarde da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) posicionou o Estado como favorável à vacinação desse público-alvo e determinou que não seja exigida a prescrição médica para a aplicação do imunizante. A manifestação é uma resposta à uma recomendação do MS expedida na última semana para que a receita fosse pedida como condicionante para a criança ser vacinada.

“A Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES/SC) vê importância da vacinação deste público e aguarda informações oficiais do Ministério da Saúde (MS) quanto à aquisição da vacina, bem como orientações técnicas sobre o prazo para inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19. No estado, a população na faixa etária dos 5 aos 11 anos está estimada em 642.800 crianças”, diz a nota divulgada pela Secretaria estadual de Saúde.

Em entrevista à Rádio Difusora de Laguna, antes do encontro deliberativo, a secretária municipal Gabrielle Siqueira disse que o município seguiria a recomendação que viesse da CIB. “Quando administrado no esquema de duas doses em crianças de 5 a 11 anos de idade, [o imunizante] é seguro e eficaz na prevenção da Covid-19 sintomática, da evolução para casos graves potencialmente fatais ou condições que podem ser causadas pelo SARS-CoV-2”, reforça a SES.

Desta forma, a única exigência para a vacinação será que a criança esteja acompanhada de pais ou responsáveis e que um documento de identificação seja apresentado na hora da aplicação do imunizante.