Árbitro bravense se destaca em competições esportivas

Martins se junta a um grupo de árbitros da Amurel que tem ganho destaque nos últimos anos, como o lagunense Bráulio Machado e Ramon Abatti Abel.
Divulgação/DK Fotografia Esportiva

O Avaí goleou por 5 a 2 o Caçador pela quinta rodada da Copa SC, neste domingo, 17. Mas mais do que a alegria da torcida avaiana, o jogo foi especial para o árbitro Franciel dos Santos Martins, 25 anos, de Pescaria Brava. Buscando inspiração em outros colegas da região, vem recebendo oportunidades em vários jogos nos campeonatos estaduais.

“Minha carreira até aqui se resume em muita luta, dedicação e amor pela arbitragem”, garante o bravense, formado desde 2018 e que integra o quadro da Federação Catarinense de Futebol (FCF), desde 2019. A primeira oportunidade não demorou: ele apitou Imbituba e Pedra Branca, pela Copa Santa Catarina sub-15. “Lembro até hoje como comemorei aquela escala. Tive muitas oportunidades e uma sequência muito boa de jogos”, festeja Martins.

O bom início foi interrompido por um problema que afetou também a arbitragem. O futebol foi impactado pela pandemia de coronavírus. Vários jogos deixaram de acontecer e muitos ficaram sem partidas para apitar. Mas ele não abaixou a cabeça e continuou focado no plano de crescer.

Neste ano, veio a chance de comandar pela primeira vez um jogo profissional – Atlético Catarinense e Caçador, pela série C estadual. “Foi uma emoção incrível, comemorei muito. Só quem está nesse meio sabe a felicidade que é receber essa chance”, celebra. Após os jogos apitados pela terceira e segunda divisão do estado, a federação entendeu que ele estava apto para arbitrar na Copa SC.

Com o desempenho, Martins se junta a um grupo de árbitros da Amurel que tem ganho destaque nos últimos anos a nível estadual e nacional, como o lagunense Bráulio Machado e Ramon Abatti Abel – referência para o bravense. “Tenho metas, sonhos e almejo chegar a um nível nacional. Para isso treino muito, me dedico. Estou investindo nesse sonho. Procuro sempre focar no presente, treino a treino, jogo a jogo, respeito o processo e acredito no trabalho da comissão de arbitragem. Sei que se eu fizer minha parte as oportunidades continuarão aparecendo”, pontua.

Regulamentação

Em paralelo, outro desejo do bravense está em ver o trabalho de arbitragem regulamentado, de fato, como uma profissão. Para ele, o nível tende a crescer, quando este objetivo for alcançado. “Enquanto os jogadores são pagos para treinar e têm toda a estrutura dos clubes à disposição, os árbitros são responsáveis pelo seu preparo físico, médico e nutricional. Muitos não vivem exclusivamente da arbitragem. A maioria concilia com outra profissão, então com a profissionalização o arbitro poderia se dedicar exclusivamente para isso, podendo ter um rendimento ainda melhor. Esperamos em breve desfrutar dessa conquista”, pontua.

*Colaborou Matheus Aguiar