Lagunense deve ter acesso ao 5G até 2028, segundo previsão de ministro

Fábio Faria reforçou que o foco é investir e ofertar tecnologia, e não arrecadar recursos para o governo.
Foto: Luís Claudio Abreu/Agora Laguna

Durante participação em um evento online da Media Tek, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que as capitais estaduais devem contar com a rede 5G até julho de 2022 e as cidades com mais de 30 mil habitantes estarão cobertas com a tecnologia até 2028, caso de Laguna.

Está previsto para este semestre o lançamento do edital de leilão de frequência para a exploração do 5G no Brasil. O Tribunal de Contas da União (TCU) vota no próximo dia 18 a proposta do governo para o certame, no valor previsto de R$ 44 bilhões. Amarrada ao projeto está a obrigação de que as operadoras de telecomunicações vencedoras ampliem, também, a rede 4G para cidades com mais de 600 habitantes.

“Já estamos realizando uma série de demonstrações de 5G, em testes piloto, em caráter experimental, com o entendimento de que o País já detém a tecnologia. O Brasil está pronto para trabalhar com 5G”, afirmou.

Faria reforçou que o foco é investir e ofertar tecnologia, e não arrecadar recursos para o governo. “Levaremos 4G e 5G a mais de 140 mil escolas rurais e urbanas do país, pois a pandemia nos provou que a internet é um bem tão essencial quanto habitação e saneamento”, disse o ministro.

Quinta geração

A tecnologia 5G é considerada a evolução da rede de telefonia celular, vista como mais potente, veloz e causadora de menos impacto no meio ambiente. A rede possibilitará aos futuros usuários cobertura amplificada e eficiente, facilidade na transferência de dados e maior acesso de conexões simultâneas. A estimativa é que o 5G entregue velocidades 50 a 100 vezes maiores, podendo alcançar até 10 Gbps.

Desde 2016, as emissoras de rádio estão migrando das faixas AM para FM e os canais de televisão virando digitais. Essa migração tecnológica permite a desocupação da faixa de frequência de 600 a 600 mHz, que será utilizada pela nova rede móvel, bem como as faixas 26 e 28 Ghz e 38 e 42 GHz.

As antenas de transmissão vão utilizar as estruturas já existentes e haverá possibilidade de antenas menores com alcance de poucos metros serem colocadas para repetir o sinal dos dispositivos locais, que será, então, redirecionado para uma estação central. Já as antenas replicadoras, instaladas em postes ou em prédios altos, serão capazes de cobrir distâncias de até 250 m.