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Grupo de trabalho conhece projeto que busca contribuir para a sustentabilidade ecológica da pesca artesanal

A pesquisa visa buscar o melhor entendimento dos benefícios gerados pela interação dos pescadores com o boto e compreender as consequências sociais e econômicas da pesca artesanal na comunidade de pescadores. Também analisa o sistema estuarino da cidade, fazendo com que ele recebe esforços de forma integrada para entendê-lo e conservá-lo. O projeto de estudo coletou dados nos últimos 15 anos.
Foto: Elvis Palma/Agora Laguna

Membros de um grupo de estudos sobre o boto-pescador conheceram, na última semana, um projeto acadêmico de pesquisa que busca contribuir para a sustentabilidade ecológica da pesca artesanal. O estudo “Efeitos sistêmicos de uma rara cooperação boto-pescador” foi recentemente aprovado em um edital de financiamento do governo federal.

A pesquisa visa buscar o melhor entendimento dos benefícios gerados pela interação dos pescadores com o boto e compreender as consequências sociais e econômicas da pesca artesanal na comunidade de pescadores. Também analisa o sistema estuarino da cidade, fazendo com que ele recebe esforços de forma integrada para entendê-lo e conservá-lo. O projeto de estudo coletou dados nos últimos 15 anos.

Titular dos estudos, o professor Fábio Daura Jorge detalhou como ocorreram os estudos para estimar o sucesso na captura de peixes pelos botos e pelos pescadores quando a pesca é realizada em conjunto. “Quando os botos elevam a frequência de “clicks” de ecolocalização detectados pelo aparelho de sonar, significa que estão obtendo sucesso em sua caça, levando a conclusão de que quando a atividade é feita de forma coordenada na relação entre botos e pescadores, ambos obtêm maiores taxas de sucesso na pesca”, esclarece.

No encontro, foi relatada a existência de três diferentes níveis de envolvimento dos botos com a pesca artesanal: aqueles botos que não se envolvem no processo de pesca mútua com os pescadores, que geralmente possuem área de vida mais distante da barra; aqueles que participam ativamente da pesca mútua e, por fim, aqueles que participam, porém, com menos vigor e exposta a necessidade de mais estudos sobre o tema.

O Grupo de Trabalho do Boto é coordenado pelo Fórum da Pesca, em conjunto com o Plano de Ação Estadual para a Conservação do Boto-Pescador, do Instituto do Meio Ambiente, de Santa Catarina. Conta com a participação de diversas instituições e lideranças envolvidas na conservação do boto-pescador, como a Marinha do Brasil, Polícia Militar Ambiental, Secretaria de Pesca e Agricultura de Laguna, Conselho Pastoral dos Pescadores, Movimento Boto Vivo, Ibama e Apa da Baleia Franca.

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