Um projeto protocolado pelo vereador Edi Goulart Nunes (PSD), com assinatura de mais seis edis, quer tornar o deputado estadual Felipe Estevão (PSL) cidadão lagunense. O texto deu entrada na quarta-feira, 26, e deve passar por votação única na próxima terça-feira, 1º de junho.
Autor da proposta, Goulart conta que a ideia surgiu após ter descoberto que o pesselista não nasceu na cidade juliana. “Sabendo disso, resolvi homenageá-lo com o título de cidadão lagunense pelo que ele representa e tem feito pelo município como deputado estadual”, justifica o vereador.
Eleito em 2018 para uma vaga na Assembleia Legislativa (Alesc), Felipe Estevão começou a carreira política aqui, mas é natural de Criciúma, cidade-polo da região carbonífera catarinense. Ainda recém-nascido, veio residir com a família em Laguna.
“Me sinto honrado, muito feliz, apesar de ser um morador raiz, nativo de Laguna, nasci em Criciúma. Na época, em 89, o hospital estava congestionado e meu pai tinha parentes em Cocal do Sul [cidade vizinha] e por isso nasci lá [no Hospital São João Batista]. Ter esse título me honra muito, a gente trabalha com tanto carinho e amor por essa cidade. No plenário, é difícil a semana que não falo no município”, comenta o parlamentar, que afirma ter ficado surpreso com a proposta.
O Título de Cidadão Lagunense é uma honraria concedida anualmente a pessoas nascidas fora do território de Laguna, mas que prestaram serviços relevantes à sociedade. Com a pandemia do novo coronavírus, a entrega da ‘cidadania lagunense’ ocorre sem evento presencial solene e é realizada pelo vereador proponente.
Sobre Felipe Estevão
Felipe Estevão nasceu em junho de 1989, em Criciúma, e veio morar em Laguna, mais precisamente no bairro Vila Vitória. Pastor evangélico, administrou a antiga Igreja União em Cristo entre 2015 e 2018, depois de ter retornado à cidade após experiências profissionais no Litoral Norte do estado.
Concorreu a um cargo público pela primeira vez em 2016, como candidato a vice-prefeito pelo PSC, em chapa com o ex-vereador Renato Borges de Oliveira, obtendo quase 1,6 mil votos.
Deixou o partido no ano seguinte e migrou para o PSDB, até se filiar ao PSL e disputar a Alesc em 2018. Na eleição daquele ano, influenciada pela popularidade atraída por Jair Bolsonaro (hoje sem partido), eleito presidente, Estevão foi o sétimo candidato mais votado no estado, com 47,3 mil votos.
No parlamento estadual, ocupa a posição de presidente da Comissão de Pesca e Aquicultura e é membro das comissões de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e de Defesa dos Direitos do Idoso. Foi ainda membro da CPI que investigou a compra de 300 respiradores pelo governo do Estado sem licitação durante a pandemia do novo coronavírus.
