As obras de desativação do emissário submarino do balneário Mar Grosso, deverão iniciar nas próximas semanas, entre 15 e 20 de novembro. As informações são do chefe da agência da Casan em Laguna, Giovani Pickler. Segundo ele, a responsável pelos trabalhos será a construtora NCM, de Forquilhinha.
A inativação da estrutura começou a ser desenhada em 2017, após estudos de empresa contratada pela concessionária, após ação civil pública movida pelo Ministério Público catarinense. Com a inutilização do sistema atual, as novas construções prediais e residenciais no Mar Grosso, não serão mais obrigadas a possuírem fossa ou sumidouro.
O construtor ou morador só precisará construir uma caixa de inspeção e fazer a conexão da sua construção à rede coletora, que será ligada à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), da Vila Vitória.
Como funciona o emissário atualmente
Atualmente, o esgoto das residências e estabelecimentos comerciais, localizados entre a região das praças Francisco Pinho e Nelson Moreira (praça do Villa), é transportado por tubulações subterrâneas até uma estação elevatória situada próximo ao Hotel Renascença. Lá, os resíduos passam por um gradeamento, promovendo um condicionamento prévio dos sólidos maiores, porém, sem impedir a passagem de objetos menores.
O emissário submarino não permite a utilização de tratamentos específicos nos resíduos, antes do despejo em alto mar. “Na época exigia-se somente isso, atualmente o esgoto deve passar por três processos de limpeza”, afirma o engenheiro responsável pelo projeto, André Labanoski.
A estrutura, erguida em 1986, possui 1,5 km de extensão com 12 metros de profundidade.