A partir desta terça-feira, 23, os professores da rede estadual de ensino entram em greve. Estimativa fornecida pela regional de Laguna do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) aponta que entre 40 e 50% do professorado da região adira ao movimento.
A categoria cobra reajuste do piso salarial e a valorização da carreira, a realização de um concurso público e o direito à hora-atividade, além do fim da cobrança dos 14%.
“São reivindicações que vêm desde a greve de 2011 e nesse tempo, outros problemas surgiram”, afirma o coordenador sindical, professor Rudmar Corrêa. O quantitativo de professores que aderiram à paralisação deve ser divulgado em três dias, segundo cálculos do sindicato.
Em nota, o governo disse que “as pautas levantadas pela categoria serão analisadas e discutidas com as secretarias de Estado da Administração e da Fazenda” e que “os professores já foram beneficiados com a ampliação do valor do vale-alimentação. Os professores aposentados também foram beneficiados com o fim da cobrança dos 14%”.
Principais pautas
- Valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis e a descompactação da tabela salarial;
- Revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias;
- Garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação.
Leia a nota do governo
“A Secretaria de Estado da Educação (SED) recebeu um documento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (SINTE-SC). As pautas levantadas pela categoria serão analisadas e discutidas com as secretarias de Estado da Administração e da Fazenda.
Em 2023, o governador Jorginho Mello anunciou um pacote de ações para valorizar os servidores da Educação. Os professores já foram beneficiados com a ampliação do valor do vale-alimentação. Os professores aposentados também foram beneficiados com o fim da cobrança dos 14%.
A próxima medida é o maior concurso da história da SED, com a contratação de 10 mil servidores efetivos, cujo edital está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2024.
O objetivo é decidir se a categoria seguirá em negociações ou iniciará uma greve”.