Com gestão avaliada como ótima por 92%, segundo dados da pesquisa do Instituto Mapa (dezembro de 2022), o prefeito de Joinivlle, Adriano Silva (Novo), palestrou na noite desta terça-feira, 31, no Cine Teatro Mussi, e garantiu que, ao menos por enquanto, em seu radar está apenas o município que administra e só.

A afirmação foi dada em entrevista ao Portal com o Jornal de Laguna antes da palestra. “É uma cidade que chama atenção no cenário estadual, mas estou focado em ser prefeito da cidade de Joinville”, declarou ao ser questionado se pretende ser candidato ao governo de Santa Catarina após deixar a prefeitura. Dois ex-governadores do Estado foram prefeitos antes de assumirem o mais alto cargo catarinense: Pedro Ivo Campos e Luiz Henrique da Silveira.

Silva esteve em Laguna a convite da União das Associações e Líderes Comunitários (Ualcla). Eleito na primeira eleição que disputou, em novembro de 2020, está em seu primeiro mandato e escapou de quatro pedidos de impeachment, que credita à intenção política de removê-lo do cargo.

O político também comentou os índices de avaliação. Ao receber o primeiro resultado, de 86%, relembra que comentou que a tendência geralmente é baixar, mas que surpreendeu ao ver o crescimento. “Fiquei muito contente com o resultado, é fruto de um trabalho, de um grupo de secretários que montaram seus times com pessoas técnicas e dessa forma, todas as secretarias entregam um serviço de qualidade. O município entende a prefeitura como uma entregadora de resultado”, pontua.

Erro de João Amoêdo na gestão do Novo

Adriano Silva foi o primeiro prefeito da história do Partido Novo, fundado oficialmente em 2015, e comenta ter sido uma “zebra”, por não ter uma vivência partidária e eleitoral anterior – assim como o governador Romeu Zema, de Minas Gerais. Hoje, ambos são o que pode ser considerar de “case de sucesso” do partido.

Questionado sobre como será em 2024, no projeto de reeleição, o prefeito não negou conversas com outras partidas para uma eventual coligação, barreira que também foi superada por Zema em 2022. “Hoje fica impossível não estar apoiando políticos que estão com nosso governo desde o início e nós tempos, por exemplo, dois vereadores do PSD [na base]. O que a gente busca são os alinhamentos ideológicos nestas coligações”.

Silva também destaca que o partido agora busca formatar bases nos municípios e aumentar a presença do Novo. “Esse foi o grande erro quando vinha sendo comandado pelo João Amôedo e agora o Eduardo Ribeiro tem outra visão: tem que ampliar nos municípios, para que novos vereadores sejam formados ou prefeitos, e daí alcançar novos horizontes, seja governo ou deputados”, conclui.