Hip hop catarinense busca reconhecimento

Em Santa Catarina, as cidades de Laguna, Itajaí, Tubarão, Criciúma, Florianópolis, Rio Negrinho, Joinville e Blumenau foram incluídas em um inventário enviado ao Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para reconhecimento como patrimônio.
Foto: Solon Soares/Agência AL

O hip hop catarinense busca reconhecimento no ano do cinquentenário do surgimento da cultura a partir da comunidade do Bronx, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Na última segunda-feira, 16, uma audiência pública na Assembleia Legislativa levantou a necessidade de fomentar e dar mais visibilidade.

“Em maio do ano que vem estaremos mobilizados para conseguir junto à sede da Onu em Paris, o reconhecimento do Hip Hop brasileiro como patrimônio mundial da humanidade e é importante que Santa Catarina também se mobilize para criar um processo de memória sobre esta cultura”, anunciou o rapper e ativista do Rio Grande do Sul, Rafael Rafuagi. De Laguna, participaram representantes da cultura na cidade e da seção local da Central Única das Favelas (Cufa).

O debate foi proposto pelos deputados Marcos Abreu, o Marquito (PSOL), e Luciane Carminatti (PT). “O movimento Hip Hop precisa ter representatividade em espaços como este. Não faz sentido termos 40 deputados estaduais e nenhum negro”, discursou Abreu. “É um debate que não termina aqui”, pontua a deputada.

Em Santa Catarina, as cidades de Laguna, Itajaí, Tubarão, Criciúma, Florianópolis, Rio Negrinho, Joinville e Blumenau foram incluídas em um inventário enviado ao Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para reconhecimento como patrimônio. Na discussão, a ideia de um museu da cultura hip hop no estado e a preocupação com a previsão de corte de recursos para a cultura no orçamento do Estado também estiveram na pauta. “Nos angustia esse possível corte de mais de 50% no edital Elisabete Anderle”, alerta o Coordenador da Central Única das Favelas, Vinicius dos Santos.

A audiência concluiu com encaminhamentos para a criação do museu; o registro do Hip Hop como patrimônio imaterial de Santa Catarina; a inclusão de pareceristas com conhecimento da cultura Hip Hop para participarem de avaliações em editais para financiamento de projetos na área; a realização de seminários de capacitação sobre o processo de inscrição para projetos culturais e de incentivo à cultura; o fomento da Semana Estadual do Hip Hop em Santa Catarina.

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