A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) trabalha com o mês de novembro como previsão para a desmobilização da Unidade de Saúde da Carioca. Prevista para ocorrer em agosto, a mudança dos serviços para dois prédios no Centro Histórico teve atraso.

“A gente está na fase de estruturar com as divisórias no [antigo] Centro Materno e fazer a instalação dos equipamentos e mudar com tudo montado. A gente prevê que até 1º de novembro já estejamos ali”, descreve a secretária Gabrielle Siqueira da Cunha.

Enquanto não acontece a mudança, os serviços continuam na Carioca, prédio que foi inaugurado há 73 anos. O fato de ser uma edificação histórica foi apontado como justificativa pela prefeitura para a migração. Com infiltrações latentes, o prédio precisa atender a uma série de requisitos para servir como estrutura voltada para a saúde.

Em nota divulgada no mês passado, o Iphan afirmou não ter sido consultado sobre o assunto. “Como qualquer outra edificação histórica ou não, necessita de manutenção permanente. Por ser uma edificação que é um patrimônio histórico nacional, precisa de cuidados específicos. Porém, os mesmos não inviabilizam a permanência da sede do posto de saúde naquele local”, dizia o texto.

A partir da mudança, os atendimentos das unidades de saúde passam para o antigo Centro Materno (edifício ao lado da Rádio Difusora), na rua Jerônimo Coelho. E as equipes da Vigilância Epidemiológica passarão a atender na rua Barão do Rio Branco, no prédio em que funcionou o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).

Por sua vez, o prédio da Carioca deve ser cedido ao Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires. A escola pretende fazer ali um memorial em homenagem a Jerônimo Francisco Coelho, conselheiro imperial, militar e fundador do primeiro jornal de Santa Catarina em 1831.