A grave crise financeira que abate a Lagunatur chega, nesta segunda-feira, 19, ao seu capítulo mais preocupante: a empresa deve reduzir operação ao máximo na terça-feira, 20. A decisão ocorre pela ausência de recursos em caixa para comprar o combustível para os coletivos. O acordo com a prefeitura tinha previsão de ser votado, mas não entrou em pauta. O projeto é visto como uma forma de oxigenar as finanças da concessionária. Por mês, o prejuízo chega até R$ 210 mil.

A situação do transporte coletivo de Laguna é agravada por um outro fato administrativo. A concessão do serviço venceu em 2020 e a operação dos ônibus ocorre em modo precário até que aconteça um novo certame, ainda sem previsão. Na tentativa de demonstrar apoio, funcionários da concessionária estiveram na Câmara, incluindo o administrador Adriano Gulin, que participou de uma reunião, mas sem sucesso. A falta de um parecer impediu a votação, adiada para quinta-feira, 22.

Sem recurso, a empresa também não assinou o dissídio coletivo dos funcionários, cujo prazo venceu em maio. Na noite desta segunda, a direção da empresa ainda avaliava o que fazer. A tendência é que os coletivos circulem apenas para transporte exclusivamente escolar para alunos das escolas da rede de ensino estadual, nos horários de abertura e encerramento de turnos. Não se descarta adotar o mesmo para o comércio, com prioridade para os horários de início e encerramento dos expedientes das lojas.

Agora Laguna fez contato com a prefeitura de Laguna para obter posicionamento sobre a decisão da concessionária e aguarda retorno oficial. Em entrevista, o vereador Hirã Floriano Ramos (MDB), reforçou que o adiamento ocorreu em virtude da ausência de um parecer e que a votação ocorrerá na quinta-feira, em extraordinária, e na próxima segunda, em virtude dos ânimos da sessão desta noite. “Em função dos ânimos acirrados, acredito que seria difícil fazer a votação no mesmo dia. [A possibilidade de fechamento] É uma preocupação de todos os vereadores, é um serviço essencial”, disse.