Lula empossado presidente da República e Jorginho Mello assume governo de SC

Em Brasília, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, foi empossado às 15h e em Florianópolis, Jorginho dos Santos Mello (PL), 66, assumiu o cargo mais alto do Poder político catarinense às 18h.
Lula (E) tomou posse à tarde e Jorginho (D) no começo da noite. Fotos: Tânia Rego/ABr e Reprodução/TVAL

A política brasileira esteve bastante ativa neste domingo, 1º, com as posses dos 27 governadores estaduais e do novo presidente da República, além de seus respectivos vices eleitos em outubro de 2022. Em Brasília, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi empossado às 15h e em Florianópolis, Jorginho dos Santos Mello (PL) assumiu o cargo mais alto do Poder político catarinense às 18h.

O petista repetiu o roteiro que fez há 20 anos e tomou posse para um inédito terceiro mandato na história republicana recente. Eleito com 50,9% dos votos válidos nas eleições de outubro, Lula assinou o termo de posse com uma caneta que disse ter ganho em 1989 de um apoiador do Piauí e discursou: “Renovo o juramente de fidelidade à Constituição, junto com vice e os ministros que conosco vão trabalhar. Se estamos aqui hoje é graças a consciência política da sociedade brasileira à frente democrática que formamos ao longo dessa campanha histórica”. Para o presidente, a democracia foi a maior vitoriosa.

Como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou para Miami (EUA) na sexta-feira, 30, e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) declinou de passar a faixa presidencial, Lula recebeu o adereço de uma representação do povo brasileiro (um professor, um metalúrgico, uma cozinheira, um artesão, um influencer com paralisia cerebral e uma criança). A faixa utilizada é a mesma em que ele usou na posse de 2003 e apresenta um aspecto mais antigo em relação ao modelo usado nas posses de Dilma Rousseff (PT) em 2011 e de Bolsonaro, em 2019.

Ainda neste domingo, o chefe do Executivo, de 77 anos, assinou as nomeações ministeriais e as medidas provisórias que vão desonerar os combustíveis de tributos federais por 60 dias e da reorganização ministerial, com a criação de pastas como o da Cultura e o dos Povos Originários. Os atos sairão em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Seu vice é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB). Entre os 37 novos ministros, uma é catarinense: a atleta Ana Moser, de Blumenau, que será titular do Esporte.

Posse em SC

Jorginho dos Santos Mello (PL) chega ao poder aos 66 anos e será empossado como 46º governador da história republicana em Santa Catarina após ter sido vereador em Herval D’Oeste, deputado estadual, federal e até o final do mês passado, era senador da República eleito em 2018. A posse dele e da vice, a ex-delegada Marilisa Boehm (PL), aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc).

“Esse é o início da realização de um sonho que me preparei a vida inteira. Sou mais um brasileiro que construiu a própria história na base do trabalho desde muito cedo. De vendedor de paçoquinha, chego a governador com uma votação histórica”, discursou o novo mandatário. Mello assina ainda neste domingo as nomeações de seus secretários e dará os primeiros caminhos para que seja feita a reorganização administrativa do Estado, entre os nomes que ele anunciou para o secretariado, está o do ex-vereador de Tubarão e deputado eleito, Estêner Soratto Junior (PL), que será chefe da Casa Civil.

O ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) esteve na Alesc e cumprimentou o governador empossado. Em uma rede social, ele escreveu uma despedida: “Costumo dizer que nosso governo é incomparável. Não porque sejamos perfeitos. Não somos. Nosso governo é incomparável porque nenhum outro gestor que nos precedeu precisou enfrentar uma pandemia. Nenhum outro iniciou a gestão com as finanças em situação tão difícil. Acima de tudo, nunca alguém havia enfrentado as resistências que enfrentamos para promover mudanças tão necessárias”.

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