Quase 170 unidades consumidoras de Laguna continuam sem energia, diz Celesc

O vendaval que passou por Laguna na última terça-feira, 30 de junho, deixou muitas residências sem energia na cidade e quase de 48 horas depois do registro do mau tempo, ainda falta luz para alguns moradores das comunidades de Cigana, Canto da Lagoa, Ponta da Barra, Parobé e Barranceira. Em torno de 168 unidades consumidoras estão apagadas no município, conforme dados da Celesc, que tem intensão de concluir os reparos ainda nesta quinta-feira, 2.

“Desde ontem de manhã sem luz na metade do bairro e quando falta energia, falta água. Temos ponteira [sistema artesanal de captação de água], que depende da eletricidade. Minha vó tem mercearia e está arriscado perder tudo por causa disso”, comenta Albertina Valério, residente no Canto da Lagoa.

Os principais problemas encontrados são queda de árvores ou galhos na rede (como ocorreu em Parobé, distrito de Ribeirão Pequeno), rompimento da fiação ou perda de equipamentos da distribuição (postes, transformadores, etc). Em Laguna, a força dos ventos foram suficientes para romper três vãos de cabos que conectavam a subestação à rede de distribuição da companhia. O problema foi solucionado ainda na madrugada posterior ao ciclone.

A Celesc avalia o evento climático como o que causou o pior dano ao abastecimento energético da história do estado. Mais de 1,5 milhão de consumidores ficaram às escuras por causa do vendaval, nas primeiras horas após o ciclone. Segundo o boletim da Defesa Civil, cerca de 275 mil unidades consumidoras continuavam sem energia na manhã desta quinta-feira, em Santa Catarina.

“Ainda há cerca de dois mil consumidores sem energia na região Sul e chegamos a ter 60 mil ainda no dia 30, na metade da noite […] Em Laguna, tivemos o problema mais grave da região que foi a linha de distribuição que partiu três vãos de cabos e por volta de 1h da manhã [de quarta-feira] conseguimos restabelecer e a subestação voltou a ser ligada”, explica o gerente regional Helton Perraro.

Ressarcimento

Perraro frisa que é cedo para se falar em ressarcimento. Um decreto de calamidade pública pode ser anunciado brevemente pelo governo estadual e com isso a companhia ficaria isenta de possíveis indenizações por parte de perdas de alimentos, equipamentos eletrônicos e outros eventuais danos que tenham sido causados pelo desabastecimento elétrico.

Outro questionamento respondido pelo gerente regional é referente às reclamações de consumidores quanto à falta de atendimento pelo telefone 0800 48 0196. De acordo com Perraro, o sistema de call center está voltando à normalidade após ter sofrido problemas com a linha telefônica. Um cabo de fibra óptica que dava suporte à rede da Celesc foi rompido, prejudicando o atendimento. A orientação nesse caso é buscar meios alternativos como gerar a reclamação por aplicativo ou site (acesse aqui).

“É importante deixar claro que ainda que a rua esteja sem energia, devemos considerar a rede sempre como energizado”, orienta o gerente, alertando para o risco de possíveis eletrocussões por acidente.

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