Os partidos políticos estão autorizados a partir desta segunda-feira, 31, a fazerem suas reuniões para a definição dos nomes que colocarão à disposição do eleitorado para o pleito de novembro e também decidir sobre os acordos que podem levar à formação das coligações.
São as famosas convenções partidárias e elas podem acontecer até dia 16 de setembro. Embora seja permitida a participação de pessoas de outros partidos, apenas filiados à sigla organizadora da reunião é que têm direito ao voto para escolher os candidatos.
Nas reuniões, os partidos podem fazer suas definições e depois alterá-las, isso acontece, pois, novas alianças têm possibilidade de surgir após as reuniões terem sido realizadas. Os livros-atas que registram as decisões ficam “abertos” até às 23h59 do dia 16, quando são fechados para envio à Justiça Eleitoral (JE).
Em 2020, as legendas têm que driblar a pandemia e podem fazer o encontro pela internet através de plataformas virtuais como alternativa à convenção presencial. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além da convenção virtual, será possível digitar a ata, registrar lista de presença, fazer cadastro dos candidatos e encaminhar tudo pela internet para a JE.
O formato virtual também poderá ser adotado para a definição dos critérios de distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). As legendas devem garantir ampla publicidade, a todos os seus filiados, das datas e medidas que serão adotadas.
As agremiações terão autonomia para utilizar as ferramentas tecnológicas que entenderem mais adequadas para as convenções virtuais, desde que obedeçam aos prazos aplicáveis nas Eleições 2020 e às regras gerais da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições) e da Resolução TSE nº 23.609/2019, com as adaptações previstas quanto à abertura do livro-ata, registro de dados, lista de presença e respectivas assinaturas.
Cenário em Laguna
O Republicanos faz sua convenção municipal no dia 7 de setembro (feriado nacional) pela manhã e deve confirmar a indicação de Zeno Alano Vieira como vice-prefeito em chapa com o Democratas, que faz sua reunião no mesmo dia à tarde. O partido deve anunciar Peterson Crippa como candidato a prefeito. Ambas as reuniões acontecem na Câmara Municipal.
O PDT ainda não definiu sua data, mas deve fazer o encontro na primeira semana do mês. A tendência é que o partido confirme o nome de Roger Costa da Silva como candidato a prefeito e de Edevaldo Bertotti, como vice.
O PT também não tem data escolhida, porém a direção nacional orienta para que os diretórios municipais escolham o dia na última semana permitida para as convenções. O partido tem Tanara Cidade como pré-candidata e deve optar por compor chapa com o Solidariedade, que fará convenção presencial em 5 de setembro na Câmara. Este por sua vez, deve confirmar Pedro Paulo como candidato a prefeito.
Já o MDB analisa o avanço do coronavírus na região e as orientações do governo estadual referentes às matrizes de risco regionais para definir se fará ou não convenção presencial. A legenda deve confirmar Mauro Candemil como candidato à reeleição. O nome do vice do atual prefeito ficará para ser definido na reunião, isso porque há uma corrente interna que defende que os emedebista disputem com chapa pura.
O PSL faria sua convenção na terça-feira, 1º, mas teve de adiar por mais alguns dias. A tendência é que o partido confirme Samir Ahmad como candidato a prefeito e deixe a vaga de vice em aberto para possíveis alianças. A legenda tem uma pré-aliança com o PRTB, que fará convenção presencial em 8 de setembro, na sua sede, para definir os encaminhamentos da eleição.
O PSC também não definiu sua data e deve confirmar o nome de Gilberto Sousa como candidato a prefeito e deixar a vaga de vice em aberto para possíveis alianças. O PL ainda não tem data escolhida e no encontro pode oficializar o nome de Sibele Estevão como candidata à prefeita.
Já o Cidadania também analisa o dia que fará o encontro. O partido deve apoiar chapa pura formada por Evandro Farias como prefeito e Luis Everton Rodrigues para vice. O PMN deve fazer sua convenção para homologar o nome de Ronaldo Mariano Chaves como prefeito e também optar por chapa pura, escolhendo o vice em seus filiados.
O PSDB passa por duas situações. O partido sofreu intervenção estadual e tinha conversas alinhadas para indicar Rogério Medeiros como vice na chapa do PSL, mas a Justiça suspendeu o processo e determinou que o diretório eleito em março de 2019 voltasse ao comando do partido. Os tucanos agora analisam fazer parte da coligação com Republicanos e DEM. Não há data para a convenção.
O PSD que atualmente comanda a vice-prefeitura de Laguna tem duas correntes internas que defendem a manutenção da aliança atual, com indicação do nome de Júlio Willemann para vice do MDB, e também para que o partido lance candidatura própria. As definições devem ser conhecidas após a convenção, em data incerta.