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Mocidade faz 44 anos e prepara gravação de samba para 2025

Mocidade surgiu em 1980, com sede no bairro Progresso e cores verde e branco. O maior orgulho é o título conquistado em 2000.
Foto: Carla Medeiros/Agora Laguna

Fundada há exatos 44 anos em um dia 18 de julho, a Mocidade Independente do Bairro Progresso conserva o orgulho de ser a caçula entre as escolas de samba que resistem na cidade juliana.

No aniversário da agremiação, surge uma novidade: a escola já se organiza para o Carnaval do próximo ano, com a expectativa de ocorrer a realização da festa popular mais tradicional do município. “Já começamos o processo de gravação do nosso enredo”, fala Gabriel Marçal, mestre da Chapa Quente, a bateria da escola.

Para 2025, a Mocidade vai falar sobre Ayangalú, o orixá do tambor. A letra foi escolhida em concurso no mês de maio. A composição é assinada por dez músicos: Jadson Fraga, Rafael Tubino, Rodrigo Sapê, Jacson do Cavaco, Casinha, Wilson Bizzar e Henrique Harmonia. Relembre a letra ao fim do texto.

O samba produzido em estúdio além de ajudar na divulgação do enredo, também é uma forma de fazer com que a letra seja decorada pelos foliões. “É um processo trabalhoso. Ao contrário de algumas entidades, optamos por não gravar de forma mecânica e a gente prefere fazer com execução de instrumento por instrumento com seus arranjos”. A previsão é concluir a gravação em setembro.

A Mocidade surgiu em 1980, com sede no bairro Progresso e cores verde e branco. O maior orgulho é o título conquistado em 2000.

Confira a letra vencedora

Kolofé Olorum, Motumbá!
Agô Laroiê (ê ê)… ê Mojubá
Lá vem a Mocidade no batuque do tambor
Eu sou a verde e branco…
Firmo o ponto, sim senhor!

Negra é a noite e a pele
Tatuada de mistérios e de ancestralidade
Trovejou… Kaô meu pai… Xangô
No poder de seu Oxé
Eevela o segredo pela eternidade
É canto e dança, o corpo liberto
Um sentimento, um manifesto!
Ayangalú, por Nigéria e Benin
Alimento para a alma
E em tudo que há em mim

Cruza mares conduzidos por Oyá
Cruza mares… um destino à encontrar
Tambores de Ayan, um novo amanhã então renascerá
(Então renascerá)

Bahia de Olodumaré
Dos Ogãs do Candomblé,
Invocando orixás…
No zum-zum da capoeira, levantando a poeira
Servidão, nunca mais!
Ecoa no jongo, no caxambu
O canto livre na casa de Ciata
É o clamor de um povo, sua força
Raiz que não se mata
Chama que jamais se apagará
Eu sou o samba, ninguém vai me calar!