Professora que fez história em Ribeirão pode dar nome a ginásio de escola

Nascida em Laguna, em 1922, Lorena se formou professora após fazer o curso regional no início da década de 1940 e começou a dar aulas na localidade da Figueira em uma época em que não havia estrada nem transporte. Ela caminhava distâncias a pé apenas para cumprir o sonho de criança de ser educadora.
Arquivo de família

Professora que marcou época no ensino letivo de Ribeirão Pequeno, Lorena Mendes Félix está a poucos passos de ser homenageada empregando seu nome ao ginásio esportivo inaugurado recentemente no colégio Gregório Manoel de Bem.

A proposta legislativa para o reconhecimento foi aprovada, na segunda-feira, 22, pela Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa (Alesc) após ter passado sem problemas na Comissão de Constituição e Justiça. O reconhecimento foi proposto pelo deputado Jessé Lopes (PL), de Criciúma.

Nascida em Laguna, em 1922, Lorena se formou professora após fazer o curso regional no início da década de 1940 e começou a dar aulas na localidade da Figueira em uma época em que não havia estrada nem transporte. Ela caminhava distâncias a pé apenas para cumprir o sonho de criança de ser educadora.

Em 1942, assumiu como professora no colégio Gregório Manoel, a época escola isolada de Ribeirão Pequeno, e ficou ali até 1954, quando foi transferida para Florianópolis. Ela se aposentou em 1967, quando lecionava na escola Antônio Souza, na Trindade. Ao todo, foram 27 anos dedicados ao ensino. Ela faleceu em novembro de 1995, aos 73 anos de idade.

Liderança

Um fato de destaque da história de Lorena Mendes Félix foi sempre a preocupação com a comunidade. Em meados dos anos 50, junto de seu pai, resolveu escrever uma carta ao então governador Irineu Bornhausen (1951-1956, UDN) para solicitar a abertura de uma estrada entre Bananal e Ribeirão Pequeno. Lorena havia ficado comovida com o falecimento de uma moradora da localidade que, em trabalho de parto, passou por complicações e como não havia condição climática favorável para transportá-la de barco até o hospital de Laguna, acabou não resistindo. A estrada foi aberta anos mais tarde e atualmente é a rodovia João Batista Wendhausen de Moraes.

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