Lado a lado: confira o que disseram Jaleel Farias (PSD) e Rhoomening Rodrigues (MDB)

Para essa segunda sessão de pergunta e resposta, foram convidados dois vereadores de partidos diferentes, mas com o mesmo bairro como base eleitoral.
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O Agora Laguna vai seguir pelas próximas edições do jornal impresso colocando lado a lado dois vereadores – base e oposição – para abordar o mesmo tema. A ideia é expor os pensamentos diferentes ou até convergentes que ambos podem ter quando questionados.

Para essa segunda sessão de pergunta e resposta, foram convidados dois vereadores de partidos diferentes, mas com o mesmo bairro como base eleitoral.

À esquerda, está Rhoomening Rodrigues. Mais conhecido como Pingo, ele é filiado atualmente ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e tem uma ligação muito familiar com a política (é filho do ex-vereador Orlando Rodrigues). Está no terceiro mandato.

À direita, está Jaleel Laurindo Farias. Reeleito em 2024, ele é o único edil do Partido Social Democrático (PSD) e é o segundo secretário da Mesa Diretora.

Além do bairro, vale lembrar que ambos compartilham uma outra proximidade: foram filiados ao Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB) até o ano passado.

Assim como na edição anterior, a Redação não fixou o tamanho das respostas; o pedido foi para que fossem diretos ao responder perguntas. Nenhuma escapou, todas foram atendidas.

Se na Câmara ambos podem ficar em posições opostas; agora, eles estão lado a lado nesta página e compartilham com o (e)leitor suas opiniões e visões sobre assuntos que estão em pauta na roda de conversa da política lagunense.

Confira o que disse Jaleel Laurindo Farias

AL – Como avalia o mandato até aqui?
JF – Tem sido um mandato participativo, com mais de 50 requerimentos só neste ano, ouvindo as demandas da população. Criamos o “Gabinete no Bairro” e colocamos o WhatsApp do gabinete à disposição para facilitar o contato direto com os moradores.

AL – E a gestão municipal?
JF – Embora tenha assumido em janeiro, o governo ainda opera com o orçamento da gestão anterior. Agora, com o início do segundo semestre, começam as novas licitações e, a partir disso, a administração passa a atuar com sua própria estrutura e planejamento.

AL – Como vê o atual momento da Câmara, hoje com as CPIs em andamento?
JF – A Câmara teve um início travado por conta do atraso na eleição da Mesa Diretora, mas agora os trabalhos seguem em ritmo. As CPIs estão dentro da programação e sendo tratadas com responsabilidade.

AL – Hoje o que falta para Cabeçuda, seu bairro, e como pode contribuir como vereador?
JF – Precisa de investimentos em infraestrutura e melhorias no posto de saúde. Estamos cobrando o poder público e buscando recursos para aplicar diretamente no bairro.

AL – Hoje você é membro da Mesa Diretora e já teve em outras oportunidades o nome cogitado como presidente. Tem essa vontade?
JF – Como qualquer vereador, tenho essa vontade. Sempre que houver eleição, estarei à disposição da Casa para contribuir com responsabilidade.

AL – Ao seu lado aqui na página, está o vereador Rhoomening. Para finalizar, o que diria a ele?
JF – Somos do mesmo bairro e temos a oportunidade de somar forças e trabalharmos para o crescimento da comunidade.

Confira o que disse Rhoomening Rodrigues

AL – Como avalia o mandato até aqui?
RR – Avalio com bons olhos nosso mandato, tendo em vista aquilo que está ao alcance do vereador, como criar projetos que facilitem a vida na saúde, na educação, esporte, fiscalizar o Executivo, buscar emendas junto aos deputados e o mais importante: estar próximo do povo. Sempre presente nas comunidades e sendo o porta-voz daqueles que sofrem com o descaso.

AL – E a gestão municipal?
RR – Ainda não mostrou para o que veio. A ‘vida ainda não melhorou’ para nós, ao contrário, está piorando. Nunca tivemos uma coleta de lixo tão precária, com verdadeiros lixões a céu aberto. A sonhada reforma ficou em segundo plano nesse governo, com a máquina superlotada e folhas milionárias. Não era isso que pregava em campanha o prefeito. Nenhum projeto apresentando ou obra iniciada desde sua posse, apenas viagens e viagens sem retorno para o município.

AL – Como vê as CPIs, principalmente a dos Reequilíbrios?
RR – Me afastei por entender que houve erros gravíssimos na confecção do pedido, como não ter um objeto especifico ou fato determinado. Obra do Mar Grosso não teve reequilíbrio financeiro como consta ali. Acredito que foi uma forma de criar uma cortina de fumaça para tampar o escândalo da Irmã Vera, até porque o reequilíbrio é legalmente constitucional em qualquer obra.

AL – Hoje o que falta para Cabeçuda?
RR – Nosso bairro tem uma das maiores populações e o nosso posto não suporta mais essa demanda alta, por isso estamos trabalhando para uma nova UBS que traga mais conforto e qualidade de atendimento para os moradores e também funcionários da saúde. Temos a avenida Giocondo, que há anos não tem manutenção. Estamos trabalhando numa emenda pré-garantida do deputado Zé Trovão de R$ 2,5 milhões para asfaltá-la.

AL – Para quem já foi presidente da Casa, pretende voltar à exercer a função?
RR – Nunca se diz nunca, mas se entenderem que devemos reconduzir a Casa, seria o maior prazer; mas não é o nosso objetivo no momento. Lembrando que, quando fui presidente, tivemos uma devolução de cerca de R$ 400 mil em duodécimo. Conseguimos economizar algo que há muito tempo não se fazia.

AL – Jaleel Farias está ao lado. O que diria a ele?
RR – Já fomos companheiros de partido, somos amigos do bairro e, retornando à pergunta anterior, ele, pela experiência que adquiriu dentro desses anos, seria um bom nome para Presidência. É muito ligado às suas causas e também ativamente nas comunidades.

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