“Estava lotado o estádio”, lembra o bancário aposentado, Constantino Lompreta. Hoje com 79 anos de idade, o morador de Laguna vivia em Niterói (RJ) e foi um dos 65,1 mil torcedores presentes no Maracanã em 19 de novembro de 1969. Um dia como qualquer outro não fosse um fato histórico: foi naquela partida contra o Vasco-RJ, que Pelé, à essa altura maior ídolo do Santos-SP e já consagrado como rei do futebol, marcou o milésimo gol da carreira iniciada uma década antes no pequeno Bauru-SP.
Edson Arantes do Nascimento marcou mais de 1,2 mil gols em partidas oficiais pelo Santos, pelo NY Cosmos-EUA e pela seleção brasileira, onde foi campeão do mundo em 1958, 62 e 70. No Alvinegro Praiano, Pelé jogou ao lado do lagunense Mengálvio. Assista acima reportagem sobre a lembrança do morador de Laguna.
O milésimo foi marcado de pênalti. Pelé chutou no canto esquerdo de Andrada. O goleiro vascaíno até tocou na bola, mas não conseguiu evitar. Registram os jornais da época, que o arqueiro ao perceber que o gol havia ocorrido, socou a grama inconformado. Ao fundo, o santista comemorava com um detalhe: vestia uma camisa do Vasco com o número 1.000 nas costas. Para os repórteres disse dedicar o gol aos pobres e às crianças.
“Não comemorei, mas fiquei satisfeito pelo mil. Podia ter sido contra outro time, né”, brinca Lompreta.
Pelé morreu em 29 de dezembro de 2022, vítima de câncer, aos 72 anos. Foi considerado o jogador do século 20, sendo a maior expressão mundial do futebol.