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Governo comemora projeto, mas sindicato faz ressalvas

Em uma rede social, o Sinte estadual reconheceu que a tabela nova, ainda “não é o cenário ideal”.
Foto: Bruno Collaço/Agência AL
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O governo estadual aprovou, na última semana, projeto de lei que trata da descompactação da tabela salarial dos professores. A proposta tramitou na Assembleia Legislativa e foi resultado da greve da Educação no primeiro semestre do ano. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), em Laguna, opina que, apesar do avanço, a iniciativa não beneficia a classe por completo.

O governo descreve que a descompactação representa um investimento de quase R$ 530 milhões e visa diferenciar os rendimentos dos professores de acordo com tempo de serviço público e qualificação profissional. Segundo o Estado, há compromisso de aplicar o recurso do Fundeb totalmente no pagamento dos professores.

“Garante um ganho financeiro a quem já pede essa valorização há muito tempo. Os professores merecem”, diz o secretário Aristides Cimadon. A descompactação atinge cerca de 10% e valoriza a meritocracia, incentivando os professores a se qualificarem, através de mestrados, doutorados e outros cursos de especialização. O projeto aguarda sanção de Jorginho Mello (PL).

Sinte comenta projeto

“O projeto beneficia muito pouco o trabalhador e não descompacta a tabela”, afirma Rudmar Corrêa, coordenador do Sinte em Laguna. Para o educador, apenas educadores com mestrado ou doutorado irão perceber mudanças nos salários. “A proposta apresentada traz, no final, uma maior compactação do que temos hoje”, avalia.

Em uma rede social, o Sinte estadual reconheceu que a tabela nova, ainda “não é o cenário ideal”. “Enquanto o Estado não aplicar o 100% do Fundeb na educação pública, vamos continuar com o mesmo problema. Não que somente com a aplicação desses recursos significaria a descompactação da tabela salarial, porque não é isso que vai definir e sim as diferenças de percentuais entre os níveis da carreira que fará com que isso aconteça”, destaca Corrêa.

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