A reportagem publicada na edição impressa de quarta-feira, 30, é um compilado de uma série de reclamações que o AL tem recebido há mais de duas semanas. A iluminação pública chega à reta final da gestão de Samir Ahmad e Rogério Medeiros da mesma forma que começou: apagada, deficiente e alvo de críticas. Não é para menos. Há relatos de uma espera de mais de um ano pela troca de uma simples lâmpada.
O descaso com a iluminação é um exemplo da inércia e da morosidade de um governo que não conseguiu manter o serviço básico em dia, preocupando-se com gastos em licitações colocadas sob suspeitas e em cargos comissionados, amontoados de funções para manter vivos os acordos políticos.
A reclamação vai desde o bairro mais movimentado, como o Mar Grosso, aos mais afastados. Uma simples caminhada pela beira-mar permite contabilizar quantos postes estão escurecidos. Ainda que haja um esforço para tentar resolver o problema, a demora para adaptar as licitações e a falta de zelo com o trato público fizeram com que a demanda se tornasse uma bola de neve crescente. Não há como esconder, pois é nítida a existência do problema e a insatisfação é total.
Às vésperas do fim do atual governo, a gestão espera por um milagre tentar deixar a casa em ordem ou pelo menos iluminada. Todavia, a tendência é que a tarefa ficará para o sucessor. A falta de luz nas ruas é um claro sinal de alerta para a futura administração de Peterson Crippa e Leandro Bento que assumirá a cadeira com a missão de fazer um verdadeiro malabarismo para que a população tenha lixo coletado e rua iluminada. Afinal, nem a última promessa o gestor em mandato conseguiu: o próximo prefeito não terá somente mato para cortar e meio-fio para pintar.