A Justiça Eleitoral voltou a determinar a suspensão de uma pesquisa eleitoral com intenção de voto para Laguna, divulgada nesta semana pelo jornal Popular Catarinense, de Imbituba. O levantamento foi feito pela Rumo Pesquisas, de Palhoça. A sentença é deste domingo, 22, e vem assinada pela juíza Elaine Cristina de Souza Freitas.
A decisão atende a um pedido da coligação Por Laguna, do PL de Peterson Crippa, reforçado por um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), que viu indícios de fraude no levantamento.
“As pesquisas eleitorais fazem parte das eleições. São importantes para que a população conheça os postulantes aos cargos públicos e servem como termômetro do período eleitoral, auxiliando os candidatos a balizarem os seus discursos e priorizarem determinadas temáticas. É por isso que esse tipo de levantamento de dados possui uma série de requisitos a serem cumpridos e demandam técnicas específicas para garantir que sejam confiáveis”, pontuou a juíza na decisão.
O MPE apontou fraude no pagamento da pesquisa, sustentado por um áudio do responsável pelo jornal em que afirma que receberia pela pesquisa. A magistrada não se manifestou sobre a metodologia do levantamento, questionado pela coligação, por entender que não cabe à Justiça Eleitoral a discussão.
“A pesquisa se encontra eivada de vícios, ao menos no que tange à forma de pagamento”, reforçou a magistrada. A decisão determina exclusão de postagens com os resultados em até 24 horas e fixa multa diária de R$ 1 mil por descumprimento.
Os autos do processo serão remetidos para a delegacia de Polícia Civil abrir inquérito sobre a fraude apontada pelo MPE. Agora Laguna tenta localizar a defesa das empresas envolvidas.