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Ferrovia mais antiga de SC completa 140 anos

Atualmente, a empresa tem 164 quilômetros de linha férrea que cortam 14 municípios catarinenses: Imbituba, Laguna, Pescaria Brava, Capivari de Baixo, Tubarão, Sangão, Jaguaruna, Içara, Criciúma, Siderópolis, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Urussanga e Forquilhinha.
Foto: Elvis Palma/Agora Laguna

Em obras desde dezembro de 1880, a primeira ferrovia catarinense foi inaugurada quase quatro anos depois em um dia 1º de setembro como este domingo. A atual Ferrovia Tereza Cristina conserva a denominação que lhe originou há 140 anos.

Criada por Felisberto Caldeira Brant Pontes, o visconde de Barbacena, dono de minas de exploração do carvão na região de Lauro Müller, a ferrovia surgiu com objetivo de facilitar o escoamento da produção do minério pelos portos de Laguna e Imbituba. A construção foi feita por engenheiros ingleses, da firma James Perry, mas a mão de obra empregada veio de Laguna e de imigrantes italianos que haviam começado a se estabelecer na região.

A liberação para a exploração foi concedida por Dom Pedro 2º, imperador do Brasil na ocasião. A gratidão está expressa no nome da estrada de ferro: The Donna Thereza Christina Railway Company Limited. Tereza Cristina era a imperatriz brasileira.

Além do carvão, a ferrovia começou a transportar passageiros, mercadorias e animais, uma alternativa para não ter de depender exclusivamente do minério, que não era visto como de boa qualidade pelos ingleses contratados por Barbacena, cujo nome passou a denominar a região da Bifurcação, em Laguna, local em que houve o início dos trabalhos em 18 de dezembro de 1880.

A ferrovia começou a experimentar novos momentos com o aumento do interesse pelo carvão catarinense, a partir de 1914, com os esforços do engenheiro Polydoro Santiago. Na década de 1920, com o arrendamento da ferrovia, então já pertencente ao governo brasileiro, pela companhia Carvão de Araranguá, os ramais férreos foram estendidos para a região de Criciúma.

Na década de 1950, a estrada de ferro foi absorvida pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA), autarquia do governo nacional que geria toda a malha ferroviária existente então. Quatro décadas mais tarde, com a extinção do órgão e a privatização, a estrutura da antiga EFDTC foi arrematada por uma sociedade anônima que, desde 1º de fevereiro de 1997, opera com o nome de Ferrovia Tereza Cristina.

Atualmente, a empresa tem 164 quilômetros de linha férrea que cortam 14 municípios catarinenses: Imbituba, Laguna, Pescaria Brava, Capivari de Baixo, Tubarão, Sangão, Jaguaruna, Içara, Criciúma, Siderópolis, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Urussanga e Forquilhinha.