O futebol do Sul catarinense amanhece de luto nesta segunda-feira, 22, com o falecimento de um dos maiores goleiros que a região conheceu na época de ouro do esporte. Dalmo Mendes Faísca tinha 92 anos.
Lagunense, Faísca foi um arqueiro que iniciou a carreira no juvenil do Palmeirinhas, do saudoso técnico Newton Baião, Estudante e no Corinthians, aos 14 anos. Em 1948, estreou pelo Barriga Verde com 17 anos em um clássico sem gols com o Flamengo.
Em 1950, por seis meses, deixou o Periquito e foi jogar no Dragão rubro-negro, a convite do técnico Osmar Bonazza. Não durou muito: voltou ao ninho e ficou até 1953, quando foi jogar no Grêmio Cidade Azul, de Tubarão.
Passou ainda pelo Olímpico, de Blumenau; Urussanga e o Ouro Preto, de Criciúma. Em 1964, durante a temporada daquele ano, foi o defensor do Metropol, participando das disputas da Taça Brasil (antecessora do Campeonato Brasileiro). Em 1965, retornou para o Ouro Preto e cinco anos depois, voltou para Laguna e terminou a carreira no Barriga Verde – o time foi extinto anos mais tarde.
Entre 1999 e 2006, o ex-jogador tentou reerguer o antigo time, mas não conseguiu. Dalmo Faísca era torcedor fanático pelo Botafogo-RJ, além de colecionador e pesquisador autodidata, sendo possuidor de um valioso acervo de anotações e fotografias antigas da cidade de Laguna.
Segundo a família, o velório do ex-jogador ocorre na capela da Pax Preve, no Campo de Fora (próximo à rodoviária) e o sepultamento será às 16h, no Cemitério da Cruz.