Mãe denuncia bullying em escola estadual: ‘Apelo para que conversem com seus filhos’

Agora Laguna fez contato com a Coordenadoria Regional de Educação (CRE), responsável pela gestão das escolas estaduais na cidade.
Agora Laguna

A mãe de uma estudante da escola estadual Saul Ulysséa, de Cabeçuda, registrou um boletim de ocorrência após a filha, de apenas nove anos, ser vítima de bullying no colégio. O caso mais recente foi na quinta-feira passada, 20, quando a menina foi empurrada no chão e ficou com hematomas na região da face.

O episódio foi mais de uma série de ocorrências que tem acontecido envolvendo a criança. Empurrões, puxões de cabelo e frases negativas para destratar a estudante foram ditas por pelos menos três colegas de turma. A mãe revelou ter tido acesso a um bilhete em que a filha é chamada de “burra” por dificuldades em uma prova.

De acordo com Thaís Lima, a direção do colégio não a comunicou quando da distribuição do bilhete, apenas tomou conhecimento após o ocorrido dia 20, em uma situação que classifica como “negligência”.

“No dia da agressão, as duas professoras que estavam no momento e que ela contou o que aconteceu, mandaram-na lavar o rosto e voltar para sala de aula. Nao fui comunicada do fato, a escola não me ligou e fez pouco caso do ocorrido. Quando recebi ela em casa, com o olho roxo, ela me contou tudo que havia acontecido. Fui às 13h na escola e tanto a direção quanto a coordenação alegaram não ter sido avisadas do ocorrido”, relata.

Agora Laguna fez contato com a Coordenadoria Regional de Educação (CRE), responsável pela gestão das escolas estaduais na cidade. Segundo a responsável pelo órgão, Eloíse Machado de Souza Alano, a CRE foi comunicada oficialmente nesta quarta-feira, 26, e vai analisar a situação através do Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola (Nepre) e somente após esse procedimento, novos encaminhamentos poderão ser dados.

Para a mãe, o caso não pode ficar escondido. “Faço um apelo aos pais para que conversem com seus filhos em casa, para que não façam isso. Conversei com mães de alunos de outras escolas que passam pela mesma coisa. Está acontecendo com outras crianças”, lamenta.