Com bandeira amarela, conta de energia fica mais cara em julho

Tarifas dos consumidores serão acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos. 
Foto: André Luiz/Agora Laguna

Pela primeira vez em pouco mais de dois anos, a bandeira tarifária não será verde nas contas de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na sexta-feira, 28, a decisão de acionar a bandeira amarela.

As tarifas dos consumidores serão acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos.

“A bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período. Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), visto que atualmente não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM) decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)”, informou a nota da autarquia.

Desde abril de 2022 e até junho deste ano, a bandeira estava na cor verde, em razão das condições favoráveis para a geração energética.

Bandeiras foram criadas em 2015

O sistema, que completará dez anos em 2025, foi criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para indicar aos consumidores os custos da geração de eletricidade no Brasil.

A bandeira reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.