O primeiro caso de febre do Oropouche em um município da região da Amurel foi confirmado na quinta-feira, 23. O paciente é um homem, 52 anos, que teve viagem recente para as cidades de Joinville e Jaraguá do Sul, onde sofreu diversas picadas de insetos conhecidos como maruim, vetor da enfermidade.
O homem é morador de São Martinho e apresentou sintomas como dor de cabeça, sudorese, febre e calafrios após retornar da viagem. “Ele foi testado para outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, apresentando resultados negativos. No entanto, no teste de biologia molecular (PCR), foi possível detectar o vírus da família Peribunyaviridae, causador da febre do Oropouche. O paciente foi tratado adequadamente para a doença e já se recuperou completamente”, explicou, em entrevista ao Diário do Sul, a bióloga Sabrina Fernandes Cardoso, da Regional de Saúde.
Uma das principais orientações é evitar áreas de mata e beiras de rios ou locais com transmissão, especialmente entre 9h e 16h, horários de maior atividade do vetor. Assim como usar roupas compridas que cubram braços e pernas, sapatos fechados, repelente e mosquiteiros e manter terrenos e locais de criação de animais limpos, recolhendo folhas e frutos caídos.
Oropouche
A febre tem sintomas semelhantes aos da dengue, mas até o momento não há registros de fatalidades relacionadas à doença. Desde o início de 2024, casos foram notificados em estados da região Norte do Brasil, como Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. No estado catarinense, os primeiros registros foram nos municípios de Brusque, Botuverá, Luís Alves, Blumenau e Guabiruba.
A febre tem dois ciclos de transmissão: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, alguns animais como roedores e primatas não-humanos podem atuar como hospedeiros amplificadores, com o maruim sendo o vetor primário. No ciclo urbano, o homem é o principal hospedeiro, e além do maruim, mosquitos como pernilongos ou muriçocas também podem transmitir o vírus.