Comunidades pedem revisão de marginais e não descartam fechar rodovia

CCR Via Costeira e os órgãos fiscalizadores não enviaram representantes, mas deixaram aberta a possibilidade de realização de reuniões com os vereadores.
Foto: CML/Divulgação

Descontentes, moradores das comunidades e bairros afetados pelas mudanças nas marginais da BR-101, onde trechos passaram a ser de tráfego em mão única, expuseram suas opiniões em audiência pública na noite desta terça-feira, 26, na Câmara de Vereadores de Laguna.

O encontro foi acompanhado por um plenário lotado e durou cerca de três horas. “Desta audiência pública, traremos críticas e sugestões e enviaremos aos órgãos competentes”, resumiu o presidente da Câmara, Hirã Ramos (PL), nos momentos iniciais do encontro. A CCR Via Costeira e os órgãos fiscalizadores não enviaram representantes.

Lideranças comunitárias dos bairros Caputera, Barranceira, Bentos, Portinho, Boa Vista, usaram da tribuna para sugerir e cobrar modificações. Além dos edis de Laguna, os vereadores João Fernandes Floriano (PP, de Pescaria Brava) e Rafael Mello (Podemos, de Imbituba) também participaram. “A CCR impôs limitações. Decidiram por eles mesmos”, resumiu o morador Wilson Antônio dos Santos, representante de Barranceira. “Fizeram como se fosse uma terra sem lei. Comércio está sendo prejudicado, o pessoal que pesca…”, elencou.

Para os moradores, a empresa deveria ter comunicado com antecedência as mudanças ou pelo menos realizado reuniões com as localidades. Em nota enviada no começo do mês, a concessionária disse que as mudanças são irreversíveis e seguem o que já vinha ocorrendo em municípios como Imbituba e Pescaria Brava, onde também não foram bem recebidas.

“Temos de nos movimentar! Não é justo o que estão fazendo com a nossa BR, trancando os acessos para os trabalhadores. Estão prejudicando todo mundo”, disse a moradora de Caputera, Rute de Souza.

Os presentes levantaram a ideia de um protesto com bloqueio do trânsito na rodovia. Por sugestão da Câmara de Vereadores, ficará para um segundo plano: o próximo passo será buscar alternativas por meios formais em um prazo estimado de dez dias, antes de se definir pela manifestação.