Acaba na quinta-feira, 28, o prazo que os trabalhadores formais têm para sacar o abono salarial do PIS/Pasep de 2023, referente ao ano-base 2021. Se não houver saque, o recurso volta para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Até o momento, 84,5 mil trabalhadores não sacaram o benefício, o que representa R$ 71,1 milhões na espera para ser resgatado. Os dados são da Caixa Econômica Federal.

O benefício surgiu há 33 anos como auxílio financeiro a trabalhadores de menor renda. O abono alcança todo trabalhador que tenha exercido função com carteira assinada, para empregador pessoa jurídica, por ao menos 30 dias, com remuneração média de até dois salários mínimos.

Ainda é preciso que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e que o beneficiário esteja inscrito no programa PIS/Pasep há pelo menos cinco anos. Trabalhadores domésticos e outros empregados por pessoa física não possuem direito.

Neste ano, o valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2021. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 108,50, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada recebe o salário mínimo cheio (R$ 1.302).

O trabalhador pode consultar se tem direito ao benefício por meio do aplicativo Carteira Digital de Trabalho. Quem não sacar, pode recuperar o dinheiro através de abertura de um processo administrativo junto ao Ministério do Trabalho.