Há 120 anos, também em um dia 11 de outubro, nascia em Laguna aquele que se tornaria uma das principais referências na escrita da história catarinense no século 20. Professor, médico, escritor e político, Oswaldo Rodrigues Cabral serve como inspiração para historiadores em Santa Catarina.

Filho de Luíza Rodrigues e Ary Natividade Cabral, Oswaldo fez seus estudos primários em Florianópolis, Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). A formação superior em medicina foi realizar no Rio de Janeiro, em 1929.

Na década de 1920, atuou como professor em Joinville e São Francisco do Sul em colégios primários. Uma década depois, se casou com Olívia Ramalho, em Joinville, e começou a atuar profissionalmente na cidade.

Por volta de 1937, já estava em Florianópolis e lançou seu primeiro livro, Santa Catarina, história e evolução e dois anos depois sairia a obra Laguna e outros ensaios. Entre seus títulos mais conhecidos, os quatro volumes de Nossa Senhora do Desterro, separados nos capítulos Memória e Notícia.

Cabral foi membro de inúmeras entidades histórias e literárias, tendo feito parte da Academia Catarinense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Como professor universitário, lecionou Medicina Legal na Faculdade de Direito, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); regeu a cadeira de História da Antiguidade e da Idade Média e ministrou Antropologia Cultural – ambas na Faculdade de Filosofia, sendo desta última um dos fundadores; dirigiu a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da UFSC; idealizou, fundou e foi o primeiro Diretor do Instituto de Antropologia da UFSC – dedicada aos estudos de Antropologia, Arqueologia e Etnologia.

Político, foi deputado estadual constituinte pela antiga União Democrática Nacional (UDN) e depois atuou em mais dois legislaturas, tendo sido presidente do Poder Legislativo catarinense entre 1954 e 1955. Nome de rua em Laguna desde 1971, professor Oswaldo Cabral morreu por infaarto em 17 de fevereiro de 1978, em Florianópolis.