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Primeira sentença da Mensageiro condena ex-prefeito a 18 anos

Justiça também condenou outras duas pessoas a penas que variam de 23 anos a 10 meses de prisão. Já os sete réus ligados à empresa Versa (antiga Serrana) receberam penas entre 1 ano e 42 anos de prisão anos de prisão. Todos são delatores e foram beneficiados com as reduções de pena pelas colaborações firmadas.
Divulgação/TJSC

A primeira sentença da Operação Mensageiro foi proferida em julgamento nesta quinta-feira, 28, na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em Florianópolis. O ex-prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), foi condenado a 18 anos de prisão após ser considerado culpado pelos crimes de organização criminosa e corrupção ativa. A pena inicial era de 59 anos, mas ele obteve redução de pena em razão dos acordos judiciais celebrados.

A Justiça também condenou outras duas pessoas a penas que variam de 23 anos a 10 meses de prisão. Já os sete réus ligados à empresa Versa (antiga Serrana) receberam penas entre 1 ano e 42 anos. Todos são delatores e foram beneficiados com as reduções de pena pelas colaborações firmadas.

A sentença também impõe devolução de R$ 1,6 milhão, referente a valores obtidos pelos réus no esquema de pagamento de propina. O dinheiro será repassado à prefeitura de Itapoá. A defesa do político disse que não irá recorrer.

Deflagrada em dezembro do ano passado, a Mensageiro apura um esquema de corrupção em contratos para coleta de lixo em pelo menos 16 cidades. A investigação aponta que prefeitos e agentes públicos receberiam pagamentos de propina em troca de vantagens nos acordos firmados pelos municípios com a empresa. O Ministério Público denunciou que Neuber teria recebido valores indevidos por cinco anos, entre 2017 e 2022. No depoimento à Justiça, confirmou ter recebido por volta de R$ 460 mil em propina.