Eleitores lagunenses vão às urnas, no domingo, 1º, para uma eleição não obrigatória, mas que é importante. É esse pleito que vai definir as novas conselheiras tutelares da cidade. Na cidade, são nove candidatas que disputam a eleição para cinco vagas titulares e as suplentes, que assumem quando necessário.
Criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o órgão atua no atendimento a crianças e adolescentes que possam ter direitos violados ou ameaçados, orientar pais e responsáveis, além de viabilizar serviços nas áreas de saúde, educação, trabalho e segurança pública. “É de suma importância ter a consciência de escolher pessoas que vão defender e priorizar a qualidade e os direitos da vida da criança e do adolescente no nosso município, não qualquer pessoa”, orienta Cátia Mendes, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
O mandato dos conselheiros tem duração de quatro anos e a posse ocorre no dia 10 de janeiro de 2024. As regras se assemelham à uma eleição tradicional, a diferença é que o voto não é obrigatório. Votam todos os cidadãos acima de 16 anos que possuam título de eleitor em situação regular e apenas um voto pode ser depositado.
Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, os conselheiros são também considerados lideranças comunitárias e isso justifica a eleição democrática por voto popular. Os eleitos devem ser ligados à comunidade que moram e atentos às violações para transformar a realidade das comunidades. Ainda cabe ao conselheiro:
- Dar orientação, apoio e acompanhamento;
- Acompanhar matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento de ensino, se necessário;
- Inclusão de crianças e adolescentes em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente.
- Pedido de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial e a inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos, dentre outras competências;
- Fiscalizar;
- Promover ações ligadas a prevenir e conscientizar;
Conheça as candidatas (ordem alfabética)
- Adriana Amorim tem 49 anos e atua na área social há cerca de 15 anos, sendo boa parte como conselheira tutelar. É graduada em serviço social e ministra palestras na intenção de promover o conselho e os direitos do ECA. Seu número eleitoral é o 215.
- Cláudia Netto Lopes da Silva é lagunense, formada em pedagogia, sendo conselheira tutelar há quatro anos. Possui experiências nas áreas da educação, assistência social e cultura. É voluntária em projetos sociais e nos últimos anos ocupa o cargo de presidente da Os Democratas. Seu número eleitoral é o 245.
- Dayane Adriano Prates, lagunense, 33 anos, é enfermeira e foi empossada conselheira tutelar em 2020. Antes, teve experiências profissionais na iniciativa privada e no setor público, nas secretarias de Assistência Social e na de Pesca e Agricultura, além da Câmara de Vereadores. Seu número eleitoral é o 260.
- Laís Juvêncio de Oliveira tem 32 anos, se apresenta como “de raiz lagunense”, é psicóloga graduada pela UniSul e há cinco anos atua na política de assistência social. Seu número eleitoral é o 275.
- Manuela Barreto Figueiredo de Camargo é formada em serviço social e especialização em educação e direitos humanos, sendo assistente social e também foi coordenadora do Serviço de Acolhimento Institucional. Possui cerca de 15 anos de atuação na área. Seu número eleitoral é o 290.
- Maria Terezinha Bitencourt de Medeiros é formada em história, pedagogia e pós-graduada em educação especial, além de ser costureira por herança de tradição familiar. É assistente social e professora. Seu número eleitoral é o 305.
- Michely Martins Ribeiro tem 31 anos, é lagunense, graduada em segurança do trabalho e pós em segurança pública. Além de experiências profissionais relacionadas. É voluntária em projetos sociais e está na função de conselheira tutelar desde 2016. Seu número eleitoral é o 320.
- Rafaela de Oliveira Vargas tem 32 anos, é lagunense e atualmente é conselheira tutelar titular, tendo sido empossada no ano de 2020. Seu número eleitoral é o 335.
- Silvana Agostinho Medeiros Adriano é graduada em serviço social, formanda em pedagogia e já foi conselheira tutelar na condição de suplente. É professora. Seu número eleitoral é o 350.
- Ângela Novi Antunes era candidata até segunda-feira passada, mas desistiu da campanha. Seu nome ainda deve constar da urna.