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Novo aparecimento de lobo subantártico chama atenção na região da ilha

Casos como esse não são novidade e já ocorreram em anos anteriores, como em 2019 no Cardoso e em 2020 no Gi.
Arquivo pessoal
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Moradores da região da ilha, mais precisamente na praia da Ilhota, têm observado desde a terça-feira, 8, a presença de um lobo subantártico na faixa de areia. Preocupados com o estado de saúde do animal, acionaram o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), mas a orientação principal é aguardar o lobo voltar para a água.

Casos como esse não são novidade e já ocorreram em anos anteriores, como em 2019 no Cardoso e em 2020 no Gi. “Estamos viabilizando uma força-tarefa para translocar o animal para permitir atendimento mais próximo”, detalha o professor Pedro Castilho, coordenador do órgão, que também monitora a situação. Só nesta quarta-feira, 9, o PMP recebeu dezenas de chamados para recolhimento de animais na região do litoral lagunense.

O mesmo lobo já é acompanhado há dias pela equipe de monitores de campo de projeto de pesquisa que avalia encalhes em áreas não cobertas pelo monitoramento de praia. Ele apareceu inicialmente em pedras do Cardoso.

Essa espécie não é muito comum para no litoral – que é geralmente visitado pelo lobo-sul-americano (A. australis). O lobo não tem colônias costeiras, são próximos de ilhas da Antártica, fazem colônias nessas áreas e o hábito de vir para a praia para descansar é comum. Apesar de lembrar um lobo-marinho-sul-americano, a morfologia é bem diferente. O subantártico tem pelagem bem clara na região do peito, o focinho é alongado e parece ter um estilo de topete no alto da cabeça. São mamíferos marinhos de tamanho mediano – um macho adulto pode pesar 150 quilos e medir até 2 metros de comprimento.

O que fazer

Em casos como esses, o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) deve ser acionado. O órgão é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no polo pré-sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

O PMP funciona com intenção de analisar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. Caso encontre algum animal marinho vivo ou morto, entre em contato com o projeto pelo telefone 0800-642-3341.

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