Ao menos seis pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) foram encontrados mortos na manhã desta quarta-feira, 23, na região entre o molhes e as proximidades do hotel Ravena (referência), no Mar Grosso. Além disso, uma vaca também encalhou sem vida na faixa de areia.
Com a confirmação de gripe aviária em um exemplar da espécie no começo do mês, o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BS), acionado para recolhimento, alerta e reforça a orientação para que as pessoas evitem se aproximar ou tocar no animal.
A mesma recomendação vale para o caso da vaca encalhada. A prefeitura também já foi comunicada para efetuar o recolhimento do animal e promover o encaminhamento para o local adequado.
PMP redobra orientação no caso de animais marinhos
Em entrevista recente ao Portal Agora Laguna, o professor Pedro Castilho, do Laboratório de Zoologia da Udesc e coordenador do PMP-BS explica que em razão de se saber o histórico de saúde do animal, todos os cuidados devem ser mantidos.
“A gente não sabe o antecedente e a probabilidade ou possibilidade de existir doença, zoonose ou algo que a gente não conhece pode estar presente na carcaça”, sublinha o especialista. Ao encontrar uma espécie marinha viva ou morta, o primeiro passo é manter distância e o segundo é acionar uma equipe de monitoramento especializada. “Evitem fazer o manuseio, o transporte ou algo parecido para evitar risco a quem estiver manipulando”, esclarece.
Em casos como esses, o projeto deve ser acionado. O órgão é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no polo pré-sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O PMP funciona com intenção de analisar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. Caso encontre algum animal marinho vivo ou morto, entre em contato com o projeto pelo telefone 0800-642-3341.