A Justiça de Laguna realizou, na tarde desta quinta-feira, 13, a audiência de instrução relativo ao processo movido pelo Ministério Público contra o ex-prefeito de Pescaria Brava, Deyvisonn de Souza (MDB), no âmbito da Operação Mensageiro.
Com a renúncia do político, o foro privilegiado foi perdido e os autos foram baixados do Tribunal de Justiça (TJ) para a Comarca de Laguna. O juiz responsável pelo processo é Renato Müller Bratti, da Vara Criminal.
Réu desde abril, o ex-prefeito não participou do encontro, que ocorreu de forma virtual. Foram ouvidas cinco testemunhas arroladas pela defesa de Souza, que dispensou a oitiva de outras treze pessoas.
Entre as testemunhas indicadas está o deputado estadual Volnei Weber (MDB), sendo que ainda há prazo para os advogados do emedebista se manifestarem sobre ouvir o parlamentar ou pedir uma declaração abonatória. Apenas após a conclusão dessa fase é que o processo poderá ter andamento.
Investigação
O emedebista foi preso no dia 6 de dezembro quando cumpria agenda oficial na cidade de Brasília, capital federal. O Gaeco aponta que o prefeito recebeu R$ 15 mil no final de 2016, antes de ser empossado, como forma de beneficiar a empresa em sua gestão e depois passou a receber R$ 3 mil mensais, pagos de forma conjunta a cada cinco ou seis meses. Segundo o MP, apesar de não haver flagrante, o nome do político estava na planilha de pagamentos da Versa (antiga Serrana Engenharia) e foram encontrados R$ 10 mil em sua casa. A defesa alega falta de provas e afirma que o réu é inocente.
Patrick Corrêa, de Imaruí, se torna réu
Também nesta quinta, o prefeito Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí, foi tornado réu na Mensageiro. Ele foi preso na quarta fase em abril. A denúncia foi apresentada pelo MP e aceita pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Em Imaruí, a prefeitura está sob comando interino do vice-prefeito José Euclides da Rocha, o Zé Chico (PDT).