Polícia não descarta envolvimento de agentes públicos em fraude investigada na região

Operação também apreendeu R$ 321 mil em dinheiro vivo, encontrados no imóvel de Laguna, e mais R$ 7 milhões em cheques, além de documentos e dispositivos eletrônicos. 
Divulgação/PC

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 3, a Polícia Civil deu mais detalhes da Dark shark, uma operação coordenada pela 2ª Delegacia de Combate à Corrupção da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Decor/Deic), que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresas privadas e às prefeituras de Tubarão, Capivari de Baixo, Jaguaruna e Pescaria Brava, além de um apartamento em Laguna.

Ao todo, foram 27 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária. De acordo com a corporação, a apreensão de documentos nos poderes públicos são restritos aos documentos de processos licitatórios, alvos da investigação.

Não há a confirmação de envolvimento de agentes públicos na fraude investigada, tanto na contratação da empresa responsável por fornecer materiais e dar manutenção na iluminação pública quanto na prestação do serviço. A hipótese, porém, não é descartada. “Vamos apurar os documentos apreendidos para, a partir daí, dar andamento na investigação para ver se tem participação de outras pessoas”, disse o delegado Ricardo Kelleter, titular da investigação.

A operação também apreendeu R$ 321 mil em dinheiro vivo, encontrados no imóvel de Laguna, e mais R$ 7 milhões em cheques, além de documentos e dispositivos eletrônicos. Os seis presos preventivamente são empresários ou ligados às empresas investigadas, serão ouvidos ao longo da tarde e encaminhados para audiência de custódia.

“Fraudar o caráter competitivo dos procedimentos licitatórios era o objetivo desses empresários. As buscas nos entes públicos se fizeram necessárias em função de apreender esses procedimentos na íntegra para avaliarmos as investigações. Mas delitos nesse modus operandi dificilmente são concretizados sem a participação de agentes públicos, seja ele agente de carreira ou político, é de se esperar que a investigação venha evoluir para essas classes também”, reforçou o delegado.

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