A desembargadora Cinthia Beatriz Bittencourt Schaefer, relatora dos processos da Operação Mensageiro, no Tribunal de Justiça, determinou a remessa dos autos envolvendo o ex-prefeito Deyvisonn da Silva de Souza (MDB) para a Justiça de Laguna.
O político de Pescaria Brava oficializou renúncia ao mandato, declarado extinto pela Câmara Municipal em sessão extraordinária na tarde de terça-feira, 11. Ao abrir mão do cargo, Souza perdeu a prerrogativa do foro privilegiado e a competência para julgamentos dos autos cai para a primeira instância, no caso a Comarca lagunense.
A decisão também impacta na realização de audiências de instrução sobre o caso, que deverão ser remarcadas pelo juiz competente. O ex-prefeito está detido no Presídio Santa Augusta, em Criciúma, desde dezembro de 2022, e foi tornado réu em abril deste ano.
O Gaeco aponta que o ex-prefeito recebeu R$ 15 mil no final de 2016, antes de ser empossado, como forma de beneficiar a empresa em sua gestão e depois passou a receber R$ 3 mil mensais, pagos de forma conjunta a cada cinco ou seis meses. Segundo o MP, apesar de não haver flagrante, o nome do político estava na planilha de pagamentos da Versa (antiga Serrana Engenharia) e foram encontrados R$ 10 mil em sua casa. A defesa alega falta de provas e afirma que o réu é inocente.