O sétimo bispo da história da Diocese de Tubarão foi nomeado, na manhã desta quarta-feira, 3. Segundo comunicação da Nunciatura Apostólica no Brasil, o escolhido pelo papa Francisco é dom Adilson Busin, atualmente bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre (RS). Desde março de 2022, a diocese tubaronense, que comemora 69 anos em 2023, estava vacante. O último bispo foi dom João Francisco Salm, atualmente na diocese de Novo Hamburgo (RS).
Busin é missionário da Congregação dos Padres Scalabrinianos e nasceu em Sarandi (RS), em 20 de maio de 1965. Ingressou em 1979 no seminário da Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos). Estudou Filosofia na Universidade de Caxias do Sul e Teologia no Instituto Teológico São Paulo (Itesp) e foi ordenado presbítero em 9 de janeiro de 1993 e enviado ao Paraguai como animador vocacional e orientador espiritual no Seminário Nossa Senhora de Caacupe, em Ciudad del Este.
Dali, seguiu para Roma, onde fez mestrado em Ciências da Educação na Universidade Pontifícia Salesiana e depois exerceu diferentes funções na congregação no Brasil e também nos Estados Unidos até ser nomeado como bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre pelo papa, em 2016. A ordenação episcopal ocorreu em 30 de abril daquele ano, presidida pelo então bispo da diocese de Caxias do Sul, dom Alessandro Ruffinoni. A celebração foi realizada em Sarandi, e dom Adilson escolheu como lema “Servo e peregrino no amor”.
É o capelão do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, um dos principais times gaúchos, e já presenteou o santo padre com uma camisa personalizada do clube. Há dois anos, inclusive, na má-fase gremista no Campeonato Brasileiro, onde foi rebaixado à segunda divisão, celebrou uma missa antes do treinamento do time para tentar livrá-lo do péssimo desempenho.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota assinada por dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da entidade; dom João Silva, arcebispo de Goiânia (GO) e vice-presidente; dom Paulo Jackson de Sousa, bispo de Garanhuns (PE) e segundo vice-presidente; e dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS) e secretário-geral do órgão. “Desejamos que os ideais de missionariedade, despojamento e disponibilidade de pastor, peregrino junto com seu rebanho, já indicados na descrição heráldica de seu brasão episcopal, continuem a guiar seu ministério, agora em nova perspectiva, visando estar sempre em saída, como nos pede o Papa Francisco”, diz o texto. A missa de posse canônica ainda aguarda definição.