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Com restrições, pesca da tainha pode começar

Em Laguna, não é difícil encontrar pescadores de tainha. Nas encostas, nas praias – principalmente na região do Farol de Santa Marta, onde há o arrasto –, no Molhes da Barra – onde há interação com botos – eles estão lá, tarrafeando.
Foto: Elvis Palma/Agora Laguna

Em meio ao feriado nacional do Dia do Trabalhador, pescadores de todo o litoral Sul começam uma rotina que vai durar pelos próximos dois meses. Embora com restrições, a pesca da tainha (Mugil liza) está autorizada a partir desta segunda-feira, 1º.

Em Laguna, não é difícil encontrar pescadores de tainha. Nas encostas, nas praias – principalmente na região do Farol de Santa Marta, onde há o arrasto –, no Molhes da Barra – onde há interação com botos – eles estão lá, tarrafeando.

Na primeira etapa da safra, pescam as canoas de praia não motorizadas. A partir do dia 15, entram no mar, as embarcações motorizadas. Conforme portaria conjunta dos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e Pesca e Aquicultura (Mapa), este ano, pela primeira vez, a pesca industrial (cerco traineira) está proibida. Já o permissionamento de emalhe anilhado do estado de Santa Catarina poderá capturar até 460 toneladas.

A portaria causa impacto no setor econômico catarinense e ainda é motivo de discussão entre entes públicos e privados que buscam sua reversão. “A secretaria argumenta que a Portaria Interministerial MPA/MMA nº 1, de 28 de fevereiro de 2023, precisa ser revista, pois a cota definida para este ano é de aproximadamente 32% do valor total definido no ano anterior. Em 2022, foram utilizados apenas 88,36% da cota coletiva disponível para essa modalidade de pesca. A justificativa da portaria para a redução de 68% da cota total de captura da tainha foi baseada em dados autodeclaratórios da pesca ocorrida dentro da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, sem uma avaliação criteriosa”, informou, em nota, a Secretaria de Pesca e Agricultura (Sepagri), de Laguna.