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Há dois meses, comunidade aguarda ligação de energia elétrica

Corte das ligações, alegadas como clandestinas, ocorreu em 9 de fevereiro e o processo de regularização tem caminhado a passos lentos. Comunidade não descarta manifestação.
Divulgação

O domingo de Páscoa no loteamento São Judas Tadeu, em Barbacena, só não foi mais alegre por um motivo: o mesmo dia 9 marcou a passagem do segundo mês em que a localidade está às escuras. Em 9 de fevereiro, 32 imóveis tiveram as ligações de energia cortadas por equipes das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), e desde então, o processo de novo ligamento (agora regular) caminha a passos lentos.

“Continuamos sem resposta”, resume o morador José Manoel de Souza, 65 anos. Segundo a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), as interrupções de fevereiro ocorreram pelo fato de as redes existentes serem consideradas clandestinas. Os residentes na comunidade têm ciência da situação e lutam há pouco mais de uma década pela regularização dos terrenos. “Estamos sem luz, tomando banho gelado, com criança pequena e nos dizem [a Celesc] que dependem da prefeitura, e estão blefando”, lamenta.

Ainda em fevereiro, representantes da comunidade participaram de uma reunião com membros da prefeitura, onde chegou a ser anunciada a realização de um processo de regularização fundiária (Reurb), inclusive, já autorizada em ato no Diário Oficial. Eles, inclusive, não descartam a realização de manifestação para tentar chamar atenção do poder público, com esperança de agilizar o andamento do processo. “Estamos há doze anos lutando. Por que estão nos enrolando?”, questiona Souza.

Em resposta aos questionamentos feitos pelo Portal, o gerente regional da Celesc, Giocondo Tasso, confirmou que a concessionária pública tem o interesse de resolver o problema, mas que precisa fazer todo o processo dentro da normativa técnica e legislações que regram a operação energética.

“Temos de cumprir algumas normativas: a prefeitura fornecendo os documentos, fazemos o projeto de distribuição, o município autoriza e a empresa faz, é simples. A situação está nesse pé, só depende da prefeitura. Temos vontade de atender o mais rápido possível”, disse o gestor. Agora Laguna questionou a Secretaria de Planejamento Urbano (Seplan) e aguarda retorno a respeito do tema.