Agentes dos grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial Anticorrupção (Geac) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) cumprem, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 27, um total de 18 mandados de prisão.
Os alvos são prefeitos e secretários municipais. Segundo o MP, as novas ordens foram expedidas pelo Tribunal de Justiça e são cumpridas em Imaruí, Presidente Getúlio, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte, Massaranduba.
Na cidade de Imaruí, o prefeito Patrick Corrêa (Republicanos) foi encaminhado pelos agentes para oitiva na capital do estado. A prefeitura de Braço do Norte informou, em nota, que não há mandado de prisão contra o chefe do Executivo e que as equipes do Gaeco estão na sede administrativa em cumprimento de busca e apreensão. São 65 ordens desse gênero nessa nova fase.
As investigações que geraram a operação, deflagrada no começo de dezembro, apontam para a formação do maior e mais complexo esquema de vantagens ilícitas a agentes políticos de Santa Catarina. Coordenada pelos grupos Anticorrupção (Geac) e o de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, a ação envolveu dezenas de policiais e cumpriu mais de 100 ordens judiciais, sendo 16 de prisões preventivas. Mais de R$ 1,3 milhão foi apreendido e quase R$ 300 milhões em bens foram bloqueados.
De acordo com o MP, através do superfaturamento nos contratos de coleta, transporte e tratamento de resíduos sólidos, criava-se um saldo positivo que era convertido em propina e distribuído a prefeitos e a outros agentes municipais.