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Desfile oficial marca volta das apresentações das escolas de samba após anos

Com bom público, o desfile começou com uma hora de atraso em relação ao horário anunciado previamente e terminou antes das 6h, quando finalizou a última apresentação.

Nem mesmo a chuva que caiu durante alguns períodos da tarde de sexta-feira, 17, foi capaz de ameaçar o brilho do desfile das escolas de samba. Sem competição, o evento que reúne as cinco atuais agremiações retornou após quase uma década – houve um evento semelhante ao desta noite no ano de 2016, também sem disputa. Com bom público, o desfile começou com uma hora de atraso em relação ao horário anunciado previamente e terminou antes das 6h, quando finalizou a última apresentação.

A escola de samba Os Democratas foi a primeira a se apresentar com enredo De Camões a Rodrigues: uma viagem fantástica, uma homenagem à memória de João Rodrigues, artista plástico de origem portuguesa falecido em 1993 e conhecido por ter restaurado a igreja matriz na década de 1970. Na sequência, a Vila Isabel trouxe para a rua Gustavo Richard a apresentação que foi denominada de Kaang: a origem dos povos Khoisan – um conto de África, em que pôde resgatar um pouco da história africana.

Assista acima à transmissão dos desfiles feita pelo Portal Agora Laguna e Rádio Difusora.

A Brinca Quem Pode, em festa pelo seu 76º ano de existência, começou o desfile já na madrugada de sábado, 18. A agremiação usou a apresentação para homenagear o jornalista e escrivão de polícia André dos Reis. Falecido em 2016, ele foi presidente e era filho de Paulo Tibúrcio dos Reis, o Paulinho Baeta, um dos fundadores da escola na segunda metade dos anos 1940.

Quarta a desfilar, a Mocidade Independente também fez do desfile palco para uma homenagem a Glorinha Pegorara. O enredo 80 anos de Glória condensou a história e a trajetória da musicista considerada a rainha ou madrinha do samba lagunense. A letra, baseada em tema-enredo do neto Guilherme, foi cantada por Sidney Pegorara Junior e Denise Pegorara, filhos de Glorinha.

Por fim, a taba do Xavante trouxe para a passarela do Centro Histórico um enredo baseado na lenda indígena do Canaimé (ou Kanaimé). História folclórica preservada pelas tradições indígenas de Roraima, a entidade é considerada o espírito maligno das florestas e diante de um tema pesado, a escola teve a responsabilidade de transformar a malignidade em alegria diante do público, reduzido devido o horário, que ainda aguardava por sua apresentação.